Welter's Journal

Eu vinha prometendo. Na verdade estava esperando uma mobilização massiva dos leitores implorando pela volta... Mas nem precisou. Hoje recebi um email super querido que me motivou a escrever outra vez. Algumas pessoas já estavam pedindo...

E agora acho que tenho histórias novas para contar, o que ajuda. Então, vamos a umas primeirices:

Primeiro dia de escola e sua mãe põe uma bergamota (ou tangerina para os de fora do Rio Grande) fedida na lancheira. Primeiro dia no trabalho novo, e logo hoje o intestino resolve desandar. Você finalmente conseguiu sair com aquele/a que sempre sonhou e uma mega espinha surge monumental no seu rosto. Os começos nunca são exatamente como imaginamos. Finalmente aprendi que eles não determinam exatamente como será todo o resto. Ainda bem.

...de nunca mais ter passado por aqui... alguém bacana achou o blog... e eu achei injusto não socializar minhas aventuras mundo ah fora...

Eu sei que eu prometo... Ouquei. Cartazes anunciando meu desaparecimento devem estar tomando o Brasil nesse momento. E são cada vez mais fortes os boatos de que Michael Jackson prepara uma música com participação de vários artistas para que eu volte a escrever no blog (eu escrevi isso em 2008 quando ele estava vivo, mas vale a piada, né?).

Sério isso.

Então, vou tentar mesmo voltar a escrever por aqui. Talvez eu consiga.

PS. Sim, tem gente profissional fazendo um design novo para o blog. E tem histórias novas com a TAM...

Minha "be loved" companhia aéra, da qual já fui eleito o cliente mais insatisfeito da semana aprontou outra: tiveram a ousadia de enviar para minha casa, 4 cupões para que entreguemos a funciotários TAM que comprovaram seu espírito de servir - grifos TAM... Como se alguém lá tivesse algum espítiro para servir.

Lembrei de todos os "amáveis" funciotários TAM no alto da sua arrogância e decidi jogar todos os quatro cupões fora. Além disso, essa é uma idéia prá lá de ultrapassada e copiada.

Depois me arrependi e resgatei um (apenas 1) do lixo para a Marilia, da loja da TAM do aeroporto em POA, que foi muito legal quando eu ajudei ela com duas francesas que só queriam voar na executiva. Na verdade eu é que tive o espírito esse que eles mencionam, mas deixa para lá... E ainda lembrei do Rolin que dizia que quem não tem criatividade para criar, tem que ter coragem para copiar. Dá-lhe TAM!

Dear readers,

Sorry I have been gone for so long. There has been so much going on and I can procrastinate better than anyone in the world. We could probably hold a procrastination contest, but we’d never actually get around to planning it.

I'm currently in Cordoba, Argentina (i know u travel like columbus... - said by a friend the other day), laying in my hotel room in one of my least favorite scenarios: the job is done today but the plane takes off tomorrow. The Conosur training was an absolute blast and I think I speak for the prepteam and participants when I say that everything went really well. I'm happy to say that this training was totally powerpointless, so my goal was achieved and I can think about retirement...

Enjoy the picture.
LW

At home - for now. But I was in India 40 days ago. And I need to be in India again in 40 days. Just try to catch me in the picture below. Insane isn't it?


I'm not exactly in the picture... I was at the VIP stand (keep reading...) A few options of where I was:
a) National Cricket Championship finals?
b) The big opening of a Bollywood movie?
c) The annual elephant ride contest?
d) The daily closing of Wagah border?

Some days ago I saw the "closing of the border" ceremony at the India-Pakistan border. It was quite a production - let's be clear here: a Bollywood production. So if you answered B, you deserve a half point.

After spending 10 days in a row facilitating workshops and all sort of intercultural conflicts, I gave myself a break. Where I could go in India, far away from my job and close enough to come back in the next day? Taj Mahal. Despite the fact that I was there 3 times already (and certainly a 4th visit would be worthwhile just to capture a new angle...) I was looking for something a little less hot that the 42C of Delhi.... Go to Amritsar, said the office interns (Belgians and Germans). What's in there for me? They replayed: the Sik Golden Temple and the Wagah Border.

After 6 hours in the Shatahbi Express, I arrived in Amritsar. Around 4:30pm, I joined a shared taxi and headed towards Pakistan (wow, I'm going to Pakistan, or the closest I can get...). As we approached the border (30 km from Amritsar), the area (surprise, surprise) became more and more militarized. The dusty streets of Amritsar gave way to the (irony on) lovely agricultural plains of the countryside (irony off), which in turn gave way to military garrisons and barbed wire fences. It reminded me that the Indians do have problems with the neighbors...

Soon enough, we entered the border area and headed towards the stands ( a 2km walk). The border closing ceremony is such a spectacle that both sides have small stadiums to hold the spectators. If you can say that a place that can easily accommodate 3 thousand people is a small stadium...



The stadium complex is set up so that the guests actually walk parallel to the border before finding his seat in the stands. And at this point, all that separates India from Pakistan is a small rope. Underneath the rope is a fat white obelisk, with a 1 cm-thin line exactly demarcating the border: India/Pak. After taking a good look at the Pakistani side and the gate that separated the two countries, I headed towards the stands.

In Indian tradition (somebody told me later), there was a VIP stand and a “ladies section.” The VIP Section was for people like me: lost western-looking tourists. 12 in total that Monday afternoon. I was feeling quite lonely...

As the soldiers were getting ready, a civilian started to rev up the crowd of several thousand. He would yell Hindustan and the Indian side would shout back Zindabad. As the Indian side was yelling, the Pakistani side countered with Pakistan Zindabad. Not that I'm learning any Hindi, but I had to ask somebody to not look so lost in the production.


National Geographic Snapshot Style

Soon, a group of giant soldiers (for Indian standards) began yelling inside a microphone and I honestly believe there is a six-foot height requirement for border soldiers, which in India is a sort of challenge. But with their population... (better leave soon before they decide to recruit me - mental note). They held a powerful sound for about 30 seconds and then charged towards the border gate. Soon after, other soldiers repeated the process for about 15 minutes. All the time the crowd was amazing. Men and women were patriotically screaming for India as their Pakistani counterparts did the same.

Eventually, the Indian and Pakistani soldiers closed the border: An Indian and Pakistani soldier briefly shook hands as the flags were slowly (I said sloooowly) lowered. They were lowered in such a way so that neither flag flew higher than the other. Soon thereafter, the Indian flag was properly folded, and several soldiers escorted it towards the Border Security Forces building. And then the border was fully closed - I mean they closed the gate. As the process came to an end, the spectators rushed the gate to meet the soldiers.



Somebody told me that no one can actually just cross the border. You have to go to Delhi, ask for a visa, board a train in Atari (like the videogame if you are old enough to remember...) and then you can cross the border, by train.

The whole ceremony takes 30 minutes. More that 3 thousand Indian tourists (and 12 lost western looking people) come everyday to see the spectacle. I wonder for how long it’s been like this [a spectacle]. Obviously, they have been closing the border for years, so I wonder when this whole scene started. When did it stop being just a formality and when did it become a big show? Was it ten years ago? Twenty years ago?

And just to remind the Pakistanis, this is the first sign you read when entering India:
Also in Urdu, just to make sure they understand.



PS. Oi Yen, stop complaining that I don't think of my international readers.

Esse é para a super Angela, que sempre passa por aqui.

Eis que numa dessas mundo ah fora (na verdade no Patan Museum/Nepal, o melhor do sub continente de acordo com o Lonely Planet...), descobri o nosso deus - e me dei ao trabalho de anotar o que dizia lá:

Visnu, Preserver of the Universe (Garudasana Vishnu)
The god soars through the heavens observing the affairs of the universe.

Perfeito para quem acredita no universo ou em qualquer outra coisa.
Bjos da redação.

Eu tinha prometido escrever umas linhas sobre Cingapura e acabei não tendo tempo para fazer. Agora são 3 da manhã estou sem sono no infindável Munich-São Paulo...
Vou colocar umas fotos também...



Hospedagem
Não tem meio termo: ou são os hotéis de 300 dólares ou os albergues de 10 dólares. Fiquei num albergue bem simpático recomendado pelo Lonely Planet en Little Índia (volto abaixo sobre Little Índia) – já pensando em me adaptar aos 20 e tantos dias de alquer lugar. Mas como estou ficando velho e reclamar da cama é coisa de velho, entrei nessa de colocar defeito nas camas de hotel.




Camas (fora de ordem, mas me ocorreu)
Ando fascinado por camas... vez que outra quando me hospedam em hotéis bacanas eu sempre quero saber a marca da cama e do colchão. Pois é, se vou passar 1/3 da vida numa cama, que seja de boa qualidade, né? Ano passado quando decidi investir em uma bem decente (tecnologia espacial, confirmou a vendedora – há!) passei um bom tempo de loja em loja experimentando camas. Quem me via achava que era meio maluco, deitado por até 20 minutos em camas em shoppings de POA. Hoje sou o feliz proprietário de uma super cama com tecnologia espacial (há!). Viajando nunca dei muita bola para isso. Sempre estou tão cansado que durmo em qualquer lugar. Mas como estou ficando velho e reclamar da cama é coisa de velho, entrei nessa de colocar defeito nas camas de hotel.

A vingança do universo veio da Índia, famosa pelos colchões duros (coisa de gente que medita): na primeira noite senti uma dorzinha. Após a segunda, quem disse que eu era capaz de virar para o lado? Dobrar as costas, nem pesar. Até respirar tava difícil. Decidi pedir para a recepção para trocar meu colchão e me aparece um Abu (nome carinhoso ao qual eu me refiro a todos os indianos) com uma camada de 5 centímetros de espuma (colchonete ruim) para colocar por cima do concreto que era a minha cama. Muito cético e já fazendo pequisa na internet de onde ia comprar um colchão inflável no dia seguinte, me jogo na cama e espero para dormir... No dia seguinte, como que por milagre, a dor tinha desaparecido, só sobrando uns ematomas. Ou a camada tinha funcionado ou minhas costa tinha e acostumado ao concreto, digo colchão. Será que devo começar a carregar meu colchão inflável?



Comer, comer...
Para quem é fascinado por restaurantes, Cingapura é um paraíso. Nunca vi tanto restaurante junto num só lugar. Acho que o conceito de praça de alimentação veio de lá... nunca vi tantas e com tanta variedade. A comida é meio chinesa-meio malaio-meio ocidental... ouvi dizer que os nativos adoram procurar por novos lugares para comer. E é tudo limpo e impecável, mesmo na rua. E tem mais Starbucks que NYC.

Shopping
Orchard Road, esse é o endereço. Não é uma loja do lado da outra, mas um shopping do lado do outro. É incrível, é mais de um kilômetro de shoppings um do lado do outro, todos com grifes internacionais a preços nada exorbitantes. Eletrônicos também, mas esses são mais baratos nos USA... Eu ganhei uma mochila nova.

Roda Gigante
Chegando do aeroporto, passei por uma mega roda-gigante, que depois fui descobrir que é a maior do mundo. Cingapura adora isso de a maior, o maior do mundo. É realmente alta, 165m e a experiência é bem bacana. Tipo a london Eye, mas maior. A volta dura uns 45 minutos mas achei que a vista de Cingapura não é das melhores.



Singapore Zoo
Na semana que passei doente em casa, conheci toda a grade de programação do Discovery Channel e do Animal Planet (além de cada centímetro da minha cama). E aí fiquei fascinado pelo Zôo de Cingapura. Dizem que é um dos melhores do mundo. Os tigres brancos, os rinos brancos, os ursos polares (brancos, né?), realmente um espetáculo. E o zôo é organizado de tal forma que não existem grades: os animais são separados por um fosso bem disfarçado e ainda tem uma área de sombra para os animais (Singapura faz calor demais) onde estrategicamente colocaram uma parede de vidro), assim os turistas podem observar os animais e quase tocar neles se não fosse pelo vidro. A área dos orangotangos foi a mais bacana de todas. Tem umas passarelas elevadas para a gente caminhar, a gente acaba ficando super próximo dos animais sem se dar conta que estamos num zôo. Na área dos cangurus, sim a gente pode tocar neles: eles correm soltos no meio dos turistas. Também me lembrou muito um circo: tem shows com os animais que pareciam a Disney. E ainda tem um safári noturno, um monte de animal solto numa área enorme, que abre das 18h às 24h.



Little Índia
Na verdade é Tamil Zone. Os indianos em Cingapura são de tâmil Nadu e falam tâmil, não híndi. Para quem nunca viu as letrinhas (ou pauzinhos...) acha que é tudo a mesma coisa. Mas como eu já estou escolado e consigo ver a diferença entre Híndi, Tamil e Urdu (e agora Nepalês...) – tô me achando – mas o que eu queria comentar é que Cingapura organizou os indianos. Eles continuam com as feirinhas, mas tem lixeiras a cada dois metros... É como estar na Índia (mesmos cheiros, sabores e cores) mas sem o pó e a sujeira.

Singapore Airlines
Dear Singapore Girl, do I need a better reason to come over here?
Singapore Airlines é o que há. O resto não dá. Ponto.
(A TAM fez algo muito ruim na vida passada para estar do jeito que tá...)

Limpeza
Embora tenha lido que não estão mais tão rígidos com as multas todas por jogar lixo, mascar chicletes, ainda te ameaçam com multas de 1000 dólares por jogar lixo no chão. Sei não, mas para quem tem a menor unceirtanty avoidance no mundo, tem algo errado por lá... Juro que descubro na próxima viagem e conto aqui.



PS. Eu tô irritando vocês com essas palavras em inglês no meio do texto? Tô muito Gisele Bundchen ou tá ok para you guys?

Tirando o fato que nenhum turista ocidental em sã consciência vem até aqui (nos dois dias que passei lá contei 12 comigo), tudo correu bem na fronteira do Paquistão.
Se eu não me engano a Glória Maria do Fantástico - naquele quadro brega dela se deslumbrando com o mundo - já passou por aqui e infelizmente não foi presa pelos paquistaneses... se nem os paquistaneses querem ela, ok, vou parar por aqui.

O Golden Temple (mais ou menos o Vaticano dos Sikh) é a segunda coisa mais impressionante da India (no meu ponto de vista...), só fica atrás (e por pouco...) do Taj Mahal. Pena que fica longe de tudo e o calor não ajuda. Ainda te obrigam a andar descalço ocasionando queimaduras eventuais de segundo grau nos pés e o treco na cabeça que todo mundo tem que usar ajuda a cozinhar melhor o cérebro.

Próxima parada, trekking no Vale de Kathmandu, Nepal. Quarta estarei em casa. Amém.

Eu volto logo com as memórias de Cingapura. Só para atualizar, estou em Nova Delhi, cozinhando entre 40 e 46 graus todos os dias. Com certeza Delhi fez algo muito ruim na vida passada para vir neste inferno nesta vida, se é que vocês me entendem. Cada um com o seu karma.

Lá pelos anos 70, a Singapore Airlines(minha nova companhia do coração) solicitou a um designer francês que reformulasse o uniforme das aeromoças da companhia. Ao invés dos tradicionais terninhos ele vestiu elas com um sarong típico e a companhia cunhou a expressão. Além de lindas elas são super atenciosas. Singapore girls... O problema é que cada vez que eu vejo uma delas eu imagino uma afro-descendente de 180 kilos* que a United e a American tem aos montes vestindo o sarong e não paro de rir...

Continuo sem entender o que fizemos de errado para ter as companhias que temos nas Américas... Olha como o mapa da volta ao mundo vai ficando. Depois eu volto com notícias sobre Cingapura. Preciso digerir o calor húmido que faz aqui...



O comentário é maldoso, mas tem um motivo. Hora dessas eu conto aqui.

Domingo à tarde tinha duas opções: ir para cama e desmaiar ou fazer um programa familiar AFS. Contrariando os instintos, fui para o programa familiar AFS. A Karen, voluntaria do AFS e ex-participante, que eu tinha conhecido na Turquia no ano passado, está hospedando o Gonzalo, estudante do AFS Chile - comentei abaixo sobre intercambios lineares... Eles me levaram para ver a praia - ver porque com a temperatura que estava, ficar na sombra era congelante - imagina entrar na água... Fomos de bicicleta e como ela só tinha duas, o Gonzalo teve que ser rebocado no skate.

Esse povo faz cada uma... Depois ela me levou para ver a rua mais inclinada do mundo seguindo o Guiness... tá, fazer da rua mais inclinada do mundo ponto turístico diz muito sobre a personalidade do país. Acho melhor parar por aqui.

Foto do Gonzalo sendo rebocado.


Eu na Convenção do AFS NZL.

Ao desembarcar em Dunedin (paralelo 45 Sul) me senti muito recompensado. Não pelas horas de vôo, nem por ter sobrevido à comida de avião... Mas por ter ignorado as caras e bocas das pessoas me olhando no calorão das Filipinas (38C) carregando um casacão de inverno. Acho que pensaram que eu era meio maluco (aeromoças inclusive...) mas eis que a temperatura em Dunedin era de amenos 3C quando eu cheguei. Tinha nevado pela manhã. Me pareceu o clima la de casa, tchê!

Corre para o hotel e vou para cerimônia de abertura da Convenção do AFS Nova Zelândia. Quando fui convidado lá em dezembro do ano passado disse que seria difícil comparecer, porque move rum brasileiro para a NZL para passar o final de semana não é bem visto como aproveitamento de recursos. Mas acabou acontecendo que ia estar na vizinhança - Filipinas a caminho da Índia e me pareceu que um pequeno desvio - santa ignorancia geográfica - não faria mal. E não fez ao orçamento, mas ao meu pobre corpo com jet lag... Recebidos pelo prefeito da cidade, cantando ópera e com gaita de foles - Dunedin foi colonizada pos escoceses... o planeta é realmente um lugar exótico.

Quando falo que parecia o Rio Grande, olha essa: esse povo não tem calefação, usam lençol térmico, igualito como nos pampas... Como assim que no primeiro mundo não tem calefação? Pois é, a gente acha que pode viver sem...

Basicamente fiz o desvio para fazer uma apresentação de 35 minutos. Hoje pela manhã, na imigração em Christchurch quando me perguntarm se eu tinha vindo só para passar o fim de semana é que me dei conta disso: eu despenquei das Filipinas para passar o final de semana na Nova Zelândia. Piada de mal gosto. Ao questionar a funcionária da alfândega se ela ia carimbar meu passaporte na saída ela disse que não. Quando perguntei porque ela me disse: We want people to stay forever. Tá.

Depois eu volto com as fotos e contar como foi meu domingo à tarde. Estou em Singapura são e salvo e cozinhando a 35 graus. Vou passar 3 dias de férias aqui antes de rumar para o reino do curry...

Esse aí é o Gonzalo, estudante do AFS na NZL. Saiu de Punta Arenas no Chile em linha reta em direção ao oeste e parou em Dunedin.

Greetings from New Zealand! Depois de 10 horas entre Singapura e Auckland, aqui estou eu experimentando o Lounge da Air New Zealand. Internet paga, mas de longe, o staff mais atencioso que eu já vi em companhias aéreas (logo este post será postado de algum outro lugar...).

Se a gente medisse o grau de desenvolvimento de um país pelo grau de amabilidade de funcionários de imigração e aeroporto, a Nova Zelândia seria o número 1 do meu ranking entre 40+ países. OK, as filas estavam um pouco compridas, mas quando a funcionária do check-in deixou a posição dela para me acompanhar até o lugar do transfer ou quando a funcionária da sala VIP me tratou de forma impecável preparando um chá e perguntando sobre a minha vida, me abri para o país. OK que as companhias aéres na Ásia são infinitamente melhor do que as congêneres nas Américas (o que que a gente fez de errado?), mas definitivamente tudo superou minhas expectativas.



Uma vez eu li que a Nova Zelandia ocupa o posto número 2 no ranking da honestidade no governo ou algo assim. Claro, sendo tão chato, certinho e regradinho para tudo, só podia dar em buggy-jumping e uma dúzia de esportes malucos... Sabem quando eles chamam metade do avião para embarcar, tipo fila 15 a 25? Óbio que no Brasil e até nos USA ninguém respeita muito. Na NZL chega ser chato como as pessoas seguem instruções. Quando entrei no avião estava todo mundo sentadinho de acordo com a ordem de chamada. Fiz piada o fim de semana inteiro de como no Brasil leis são mais assim digamos, diretrizes do que leis...

Mas Aukland foi só a primeira parada na NZL. Vôo para Wellington e conexão para Dunedin, quase na Antartica... onde temperaturas próximas a zero me esperam.

PS. Sweet-as é sinônimo de awesome, cool, nesse negócio que eles falam aqui e insistem chamar de inglês. Tenho quase certeza que às vezes respondo outra coisa do que me perguntaram achando que entendi...

Como é que vocês descreveriam um bando de latinos na Ásia? Filipinos. Isso mesmo. Chegam tarde, falam alto, não se estressam, o trânsito é prá lá de caótico e o abacaxi é bem docinho. Não funciona. Não pode funcionar: asiáticos são asiáticos e muito particulares. Misturar latinos, acho que não podia dar certo. Mas tirando o calor e a umidade, acho que sobrevivi bem.

Meu primeiro contato com as Filipinas foi via uma Surfwear que se chamava The Philippines e tinha uns adesivos rosa sobre fundo amarelo limão. Quase inovador para o final dos 80 começo dos 90. Depois lembro de um seriado que a Globo passou sobre Corazón Aquino. E para por aí. Estar nas Filipinas me fez lembrar das aulas de história de Porto Rico. Quando a Espanha perdeu a guerra hispano-americana teve que entregar as Filipinas, Porto Rico e Cuba para os USA. o Final da história vocês conhecem.

Bom, estar nas Filipinas para um workshop de 2 dias é um luxo. Atravessar meio mundo para isso é mais do que um luxo, é uma heresia. Mas foi bem legal. Tivemos uma super coordenadora de treinamentos e um staff que ao retirar qualquer marcador ou material da mesa dos materiais (post it e afins) recolhia e organizava. Em um dado momento instiguei um australiano a ir lá na mesa e desalinhar umas canetas milimetricamente alinhadas. Não é que os caras colocaram tudo no lugar quando ele deu as costas? É isso que eu quero dizer quando acho que misturar é gozado: o "relaxa e goza" latino não combina com a obsessão do "don't mess with the system" dos orientais...

O atendimento, impecável, bem asiático: alguma coisa sempre sai errado, mas sorriso e a simpatia do pessoal é fenomenal.

Sem contar que Mr. Scherrer mudava a agenda a cada 15min. eu acho que os suíços são os brasileiros da Europa, mas isso é outra história. Dá-lhe mais 4 horas de vôo até Singapura e mais 10 horas até Aucland nos braços da Singapore Girl. Ainda falta descer até o sul da Nova Zelândia e enfrentar temperaturas de 0C (zero!).

Ok, mais notícia na próxima escala.



PS. Os workshops estão cada vez mais kindergarten...

Se me falassem que estou no Japão ou na China, dava na mesma. Sobrevivi ao vôo de 14h (mais 1h de espera no JFK) e perdi todo o sábado por causa dessa tal de linha de mudança de data. Agora já é doming de manhã e estou são em salvo em Seoul (só porque me dizem que estou em Seoul), no lounge da Asiana.

Voar com a Asiana era algo que esu esperava ansiosamente. É uma das 5 consideradas 5 estrelas pelo ranking mais sério. A janta da econômica deles não fica atrás da janta da Swiss. A tela individual é bem maior do que em outras companhias. O atendimento é verdadeiramente 5 estrelas. Pena que não falam muito inglês. Aí o cara fica agonizando durante os 10 minutos que anunciam algo em coreano (ou qualquer outra língua...) e resumem em inglês como: turbulência, apertem os cintos.

Já volto. Das Filipinas

Na verdade serão 34 dias. Hoje embarco na minha volta ao mundo de 34 dias. Por motivos puramente econômicos, ficou mais fácil e barato comprar uma passagem volta ao mundo do que uma ponto a ponto. Agora estou rumo a minha pimeira parada: Nova Iorque. Depois Seul e rumo para uns 5 dias em Manila, nas Filipinas. O que virá depois? Prometo que posto aqui.

Que inveja de Phileas Fogg... Preciso de um Passepartout para carregar meus 31 kilos...

Oquei. Cartazes anunciando meu desaparecimento devem estar tomando o Brasil nesse momento. E são cada vez mais fortes os boatos de que Michael Jackson prepara uma música com participação de vários artistas para que eu volte a escrever no blog.

Sério isso.

Então, vou tentar mesmo voltar a escrever por aqui. Talvez eu consiga.

PS. Eu sei que é procura-se. É apenas para contrariar...

Hoje aprendi uma palavra nova em inglês: gumption. Quem quiser saber o que é, olha no dicionário. Mas não vem ao caso. A questão é que depois de passar umas duas semanas tentando explicar teorias e estratégias usando conjuntos, eis o que a minha mente produziu em plena segunda-feira com minha palavra nova:



Porque Lucas também é cultura inútil.