perde/perde

Na outra semana organizamos um seminário de liderança, na verdade de governança e uma das sessões era sobre negociação. Muito na moda (e com todo o mérito) falar de ganha-ganha, em que todos os lados da negociação ganham.

Voltando para casa, tentando provar que a menor distância entre dois pontos nem sempre é uma linha reta, desolado no caos que estava instalado no Santos Dumont num domingo final de feriado, comecei a refletir sobre o novo limite da aviação: a perfeição do perde-perde. Alguns setores tem clientes insatisfeitos, mas acionistas de empresas contentes. Ainda outras têm donos insatisfeitos por causa da guerra dos preços, mas clientes satisfeitos com os preços baixos. A aviação não. Atingiu o ápice: as empresas estão quebradas, os pilotos e a tipulação desmotivados, os aeroportos congestionados, os procedimentos de segurança absurdos, os vôos cada vez menos confiáveis, os fabricantes de aviões em apuros, os passageiros mais espremidos e o valor da passagem aumentando sempre. Atingiu-se o que era considerado impossível em administração de empresas: um sistema onde 100% dos participantes perdem e são infelizes. Um marco inédito.

Certa vez li uma entrevista do Warren Buffett, o segundo homem mais rico do planeta, cara que onde investe ganha muito dinheiro. Nos anos 70 ele previu que o mercado de avição ia aumentar muito, que as pessoas iam voar mais e que era um bom negócio investir nisso. E ele acertou: o mercado cresceu, as pessoas viajam mais, mas as companhias aéreas ainda não descobriram como ganhar dinheiro com isso.

Quem está tendo que aguentar a arrogância da TAM, a falta de rotas da Varig e se sujeitar a pagar 3500 dólares por uma passagem que vale 1200 (Brasil - Europa) sabe do que estou falando. E o presidente fala em solução de mercado. Claro, ele não usa o mercado e pior, desconhece o mercado.


Nos consolemos com a foto.

By the way: Buenos Aires Porto Alegre em 15 horas (de avião...): Buenos - Galeão - Santos Dumont - Congonhas - Garulhos - Porto Alegre. De bus eram só 17 horas.

Updating

Eu prometi atualizar o blog. Na verdade eu prometi atualizar minha vida. Após alguns meses com o pé completamente na estrada, entre uma e outra viagem, aproveito que vou fincar raízes por pelo menos 3 semanas para colocar as coisas mais ou menos em dia. Como por exemplo, acertar minha biblioteca musical, baixar algumas coisas novas, gravar alguns CDs para os amigos com os novos achados. Fotos, outro capítulo que estou devendo. Ontem, por acaso encontrei dois rolos de filme e me dei conta que são da Índia... Chandigarh em preto e branco... Roupas... preciso lavar algumas, costurar outras... amigos, ah que saudades de alguns... leituras... mesmo lendo muito durante as viagens, tem coisas que eu só faço em casa (ler 5ou 6 livros ao mesmo tempo)... sem contar nos infindáveis emails que eu recebo e que eu quero responder... até da minha terapeuta eu tenho saudades...Mas confesso que estou bem aéreo... saí do lotação sem pagar, entre outras... Assim, a partir de amanhã, updates diários sobe os últimos acontecimentos.

On the road again

O título é esse mesmo. Estou na estrada novamente (ou no aeroporto...).

Aproveitando, ou muita coisa mudou por aqui e eu não fui avisado ou meu computador adquiriu vida e está dentro de um sistema wireless grátis: o que me surprende é que nunca tinha visto um aeroporto com conexào grátis no saguão... Assim, me sentindo culpado por deixá-los sem notícia nenhuma, estou conectado novamente enquanto espero outro vôo.

Depois que saí da Rep. Dominicana, passei por NYC, para uma reunião e uns dias com uns amigos muito queridos. Meu dia de reuniões foi bem previsível: perguntas obvias, falta de objetividade nos desafios, falta de estratégias, mas assim mesmo eu gostei e me diverti. Ainda tenho muito que fazer. Recebi algumas propostas interessantes, mas gostei mesmo de saber que em janeiro passarei outra temporada de 2 semanas no Caribe. Acreditem, mas já estou com saudades, especialmente da família.

NYC continua muito legal. Viajar é que está ficando sem graça. Toda hora os americanos e suas agencias de securança inventam obsessões novas. Antes eram os sapatos, depois foram armas químicas no corpo (tem uns scanners gigantes e muito legais nos aeroportos americanos) e agora a última são os líquidos... Come on: pasta de dente, sabão e um MP3 player con Reggeaton dão uma mistura explosiva... Se não explodir foi porque o Reggeaton não era bom... Sobre reggeaton, ver um dos posts abaixo (momento Barsa...)

Agora o mais legal de NYC foi ir a lugares legais com amigos muito especias. E casualmente, eu estou com um montão deles por lá. Foto abaixo do Matt e da Pati, que passaram todo um dia comigo.



Tinha coisas que de fato eu tinha saudades: todos os ambientes legais, os parques, as praças, até mesmo o metrô. E by the way, tenho que confessar que nunca aceitei que push é empurrar... ainda mais depois que inventarm portas que abrem para os dois lados... Sei lá... meu cerébro não me ajuda.

Hoje estou partindo para Buenos Aires, onde fico até domingo da semana que vem num treinamento do AFS. Mais um... estou transportando apenas 46Kg de bagagem, afinal prefiro levar o treinamento completo de casa do que perder tempo buscando uma papelaria. Prometo que escrevo mais durante a semana.