Os 9 melhores de 2006.

Como eu disse, nada de listas pessoais ou de exposição gratuita (já basta o Journal)... mas cinema eu relevo. Na minha opinião, os filmes mais legais de 2006, sem dar uma de critico de cinema. Aliás, tem pessoal mais de mal com a vida que crítico de cinema?

9. Piratas do Caribe 2.
O Cofre da Morte.Tem quem não goste de Jack Sparrow. Eu achei meio comprido, mas é entretenimento garantido. E cada vez gosto mais da Kate Winslet. Não vejo a hora de ver o terceiro.

8. O Diabo veste Prada. A atuação perfeita de Meryl Streep e o carisma de Anne Hathaway são os grandes atrativos do filme, uma comédia leve, despretensiosa e divertida sobre o mundo da moda. E depois que eu li o livro, acho o filme melhor ainda. A adaptação é perfeita.

7. Café da Manhã em Plutão. O diretor Neil Jordan acertou na mosca ao escolher Cillian Murphy para interpretar o travesti que busca pela mãe desaparecida. O ator, um dos melhores da atualidade, carrega o filme nas costas. Eu já tinha comentado aqui que tinha adorado a trilha sonora. Decidi incluir na lista de histórias divertidas e bem contadas.

6. Volver. Almodóvar traz de volta a excelente atriz Carmen Maura e a comédia para os seus filmes. E viva Penélope Cruz. Precisa falar mais?

5. Match Point.
Woody Allen abandona a comédia só para mostrar que também consegue fazer excelentes filmes dramáticos. Este ainda tem Scarlett Johansson no elenco. Filmão para aproveitar cada segundo de fita e se surpreender no final (ou não).

4. Babel. Eu sei, ainda nem estreou por aqui... eu aproveito momentos sozinho no exterior para ir ao cinema e pensar que posso pensar em português. Se gostaram de Crash, esse é tão bom quanto e mostra quanto o mundo vai demorar para se entender. E desde Y tu mamá también, adoro o diretor mexicano Iñarritu.

3. O Plano Perfeito.
Spike Lee mostra porque é um dos melhores diretores de todos os tempos. Nesse thriller de ação, o roteiro impecável e as atuações excepcionais de Denzel Washington e Jodie Foster são a grande calda de chocolate quente no profiteroles (gostou?). “Plano Perfeito” seria o filme mais legal do ano, não fosse por esses aqui embaixo.

2. Os Infiltrados.
Deu para piscar o olho no cinema? Não deu. Os bad boys do Scorsese voltaram para a felicidade geral da nação viciada nos filmes do cineasta. Destaque para o roteiro com milhões de reviravolta, a ótima atuação de Leonardo Di Caprio e o personagem esquentadinho e boca-suja de Mark Walhberg.

1. Pequena Miss Sunshine. O road movie é uma mistura perfeita de drama e comédia. É filme para rir e chorar. Os atores são fantásticos, a história é criativa, comovente e aproveita para dar um cutucão na sociedade norte-americana que supervaloriza o “bonito” e discrimina o “perdedor (loser)”. “Pequena Miss Sunshine” é filme para todos. Nota 10 com aplausos de pé.

PS. Ia fazer também a lista dos piores filmes de 2006, mas teria que ser um top 50 e daria muito trabalho. O primeiro lugar, no entanto, já adianto: “O Código Da Vinci”.

Por que 9? Sei lá, não achei um décimo.

Flying home

Hoje volto para casa. Eis que o México está se tornando a terra das coincidências. Dessa vez o universo foi mais longe. Escrevo do avião.

PS. Descobri onde eu quero morar na Cidade do México. Publicarei as fotos. E assisti Babel. Quem gostou de Crash não pode deixar de ver este. Quando estreiar... hehehe

Saludos desde México!

Por mais que voltar a uma cidade não seja como a primeira vez, gosto da sensação(falsa) de que domino a cidade pelo fato de já ter estado lá. Isso se complica um pouco aqui na Cidade do México, já que é a segunda maior cidade do mundo e as chances de eu passar por um mesmo lugar duas vezes é remotíssima.

Mas vá lá... chego bem no dia do feriado da padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe. Perigrinações digninas de N. Sra. Aparecida. Ontem, terça, vim destinado a cumprir a missão de visitar Teotihuacán, cidade com 1800 anos, anterior aos Aztecas, aqui perto da cidade do México. Tours guiados em ônibus especias por 30 dólares ou metrô-bus normal de linha e vendedores ambulantes por 6 dólares ida e volta. Hum... posso aguentar os vendedores. Mas o fedor de suor dentro do bus quase me matou.

Perguntei no hotel, quanto tempo seria necessário para visitar a cidade toda, não acreditando no fiel escudeiro (Lonely Planet). A resposta veio: olha, visitando tudo, mas rapidinho, 5 horas. Sem o deslocamento até lá. Não acreditei. Só me dei conta da dimensão da coisa quando coloquei os pés em Teotihuacán. O lugar é muito maior que Antônio Prado, as pirâmides tem uma base de 200m, dá pra imaginar isso? Clima colaborando (18 graus) e tudo vazio por causa do feriado.

No lugar não tem guias, mas tem umas placas que informam bem onde estamos, o que visitar e tudo. E ainda tem um trem que desloca as pessoas para Porta 1, Porta 3, Porta perdi a conta. Confesso que sempre fui fascinado pelas civilizações pré-colombianas, mas não imaginei a grandiosidade disso aqui tudo. Haja gente para erguer tudo isso. Vou publicando as fotos e contando.


Descobri porque o caminho entre a área amarela (Templo da Serpente Emplumada) e a area roxa se chama Caminho dos Mortos: é exatamente assim que a gente fica se cruzar ele todo (5Km) e ainda escalar as pirâmides.


Foto do Templo da Serpente Emplumada (construído entre os anos 200 e 300 da nossa era). Vi uma reprodução no Museu de Antropologia e tinha ficado impresionado com a riqueza de detalhes. Aqui não aparece muito, porque depois de uns anos os Teotihucas construiram outro templo por cima deste, acabando com as serpentes. Escavações recentes tem descoberto uma quantidade inacreditável de crânios. Qualquer sequinha e lá ian eles sacrificar uns quantos. Num paralelo com a atualidade, eu era a favor de sacrificar o Lula, o Zuanazzi e o Waldir Pires para os deuses acabarem logo com o apagão aéreo.


Esse é o Templo do Sol, a maior pirâmide de todo o México. A base tem 250m. Não sei quantos degraus até lá encima, mas eu subi (O próprio Indiana Jones). E eis que me deparo com umas criaturas meditando e cantando lá encima. Ema, ema, ema...


Essa é a vista de Teotihuacán do Templo da Serpente. A gente não faz nem idéia de quão longe é caminhando, nem da quantidade de pó que tem no caminho. A pirâmide maior é a do Sol (que agora tem uma teoria que é da água) e a outra é a da Lua (confirmada). Minha sorte é que fazia agradabilíssimos 18 graus. E a quantidade de ambulantes é assombrosa... mas não enchem muito o saco. O urbanismo impressiona. Tão avançados quanto os romanos... cidade organizada para 85 mil pessoas, com água canalizada. Mas o que eles gostavam mesmo eram os sacrifícios.


Olhando a Pirâmide do Sol do alto da Pirâmide da Lua. Subi também... mais íngreme, mas subível. Tem uns platôs geniais no caminho, devia ser mais pública e acessível que a do Sol. E pelos esqueletos, os sacrifícios eram mais sangrentos.


Vista frontal da Pirâmide da Lua. Meio ego-shot... aliás tenho uma quantidade de ego-shots...simplesmente saiam perfeitas as fotos.

Bom, gastei 4 horas de caminhada (uns 10Km no total) e depois eu e outros gringos muito divertidos pegamos um bus com ar condicionado para voltar para a Cidade do México. Rumo ao terminal norte. Chegando lá, recepção com Mariachis... Sim, estou no México. Bom, hora de trabalhar. Meu chefe chegando. Sábado outro dia livre. Vou na casa da Frida.

Saudades


Organizando Lucas_Brain* achei essa foto. Saudades desse povo. Tive mais umas idéias e tô precisando da opinião de vocês.

*Lucas_Brain é o meu home folder no meu computador.

Na Costa Rica.

10:59 AM Posted by Lucas Welter 1 comments
Como a situação complicada mencionada abaixo não se resolve, eu resolvi acabar com ela. O editor está de volta!

Como havia contado, acabei ganhando uns dias livres entre um projeto e outro. Meu chefe resolveu se demitir e calculou mal minhas aventuras centroamericanas... assim surgiu um espaço de 4 dias completos entre uma reunião e a seguinte:

Lucas, faz o que tu quiseres. Guatemala é uma boa opção. Eu te apoio. Lá na Guatemala é bem legal. Não tem problema, pode emitir a passagem. Já pensaste em passar na Guatemala? Só me avisas o que tu decidires. Guatemala, tu já conheces?


Vá lá... desconsiderei as mensagens "subliminares" e dividi as férias entre a Costa Rica e o México. Sei lá o que tem na Guatemala... mas vai ficar para mais adiante, já que o último relatório de risco do AFS desaconselha passar por lá. Guatemala, Guatapeor... Me sinto gringo pensando assim...

Hoje marquei com uma funcionária do AFS daqui muito gente boa para ela me levar visitar vulcões. A Costa Rica é cheia deles e tem um super ativo, mas combinamos que o Arenales (esse bem nervosinho) vai ficar para a próxima (sim, vai ter próxima visita), para poder ver à noite durante uma erupção.

O tempo não parecia colaborar e lá fomos nós. Chegando lá encima (50km de San José) perguntamos na entrada do parque como estava o tempo:

Olha, disse o guarda, pior do que aqui. Tá fechado e chovendo. Mas Feliz Natal para vocês!

Juro que não entendi essa parte do feliz natal, mas vá lá. Chegando lá encima, cheiro de enxofre, chuva e neblina. Compramos umas capas de chuva (mais caras que a entrada do parque) e a Nenis (AFS staff) me diz: é sempre assim aqui encima. Logo, já sei o que fazer se desistir do AFS: vender guarda-chuvas e capas no Vulcão Poas. O mercado está aquecido (literalmente). A partir de então, a visita ao Poas virou uma análise de mercado. Testamos capas de chuva, guarda-chuvas, sombrinhas e todo tipo de materias contra a água que vinha de todos os lados.

Eis que chegamos na cratera e adivinhem: não dava para ver 1 metro adiante. A Nenis sentencia: calma, conheço meu país. Tudo muda em 5 mim. Meterologistas são conhecidos como mentirologistas. Em 5 min teremos sol.


Pessoas contemplando a cratera do vulcão, ou o nada.

Esperamos 5 minutos e nada e então resolvi prosseguir no meu estudo de mercado. As capas de chuva devem ter um peso nas bordas, assim não levantam com o vento, guarda-chuvas mais resistentes porque eles viram com o vento forte... e bingo! O sol não veio, mas a névoa se foi por 30 segundos e fotografei a cratera.



Convencidos que a situação não ia melhorar e que bom, eu já tinha contemplado a cratera 5 vezes (em intervalos de 20 a 40 segundos), acho que podíamos considerar os pecados da semana devidamente quitados e ir embora. Antes, outra foto para a posteridade dos Programas de Indio, Classe Platinum.



Descontamos a frustração vulcânica num restaurante típico com um super almoço. Mas me diverti: cheirei enxofre durante 2 horas, senti a terra tremer e vinha um vento quente do solo muito legal. Mal posso esperar pela próxima vez.

Mas a parte mais legal foi a aula de Costa Rica que tive com a Nenis, a qual publicarei quando publicar meu guia de viagens descolado (hehehe). Definitivamente, é o país centroamericano mais organizado, mas lembra muito os outros vizinhos.

Saludos,
Lucas

PS. Vocês acreditam que meu ex-chefe acaba de atingir 4 milhões de milhas na American Airlines? E que esteve na Costa Rica 22 vezes? E que nunca visitou nenhum vulcão e nenhuma praia? E isso em 10 anos... Me deu pena.

A resposta!

3:36 AM Posted by Lucas Welter 2 comments
Ainda na turnê centroamericana (na verdade só começando)... mas pelo menos com uns dias livres entre um projeto e outro. Hoje é dia de visitar vulcões ativos na Costa Rica. Sem dúvida, um programa quente. À noite publico fotos.

Mas entrei aqui para comentar sobre um post do mês passado ainda enquanto eu estava no México e que depois de visitar o Museu de Antropologia tinha concluído que nós como civilização americana não podemos ter respostas simples, dada toda a nossa confusa formação. Fiquei pensando muito sobre a nossa formação, colonização, ocupação do território, me senti quase um antropólogo (e eis que agora estou sistêmico e não mais analista... para desespero do meu ex-chefe pós MBA...).

Eis que olhando um jornal aqui na Costa Rica, encontrei a chave para todo o problema. A Dona Rosaura (RP do AFS Costa Rica) fez a gentil gentileza de scanear as imagens e o Raul (cara das comunicações do AFS daqui) tratou elas para mim, tudo sob o pretexto que eram para uma apresentação no AFS. Eis os interesses da minha existência superando os do AFS. Mas como posso trabalhar sem resolver questões básicas? E nada como ser convidado internacional.

Abaixo, coleção de respostas que explican porque somos tão complicados (Such a complex world needs a good explanation).











Fiquem bem,
Lucas

Airport again

Cá estou eu em São Paulo. On the road again. E como foi difícil chegar até aqui... fui acomodado na Ocean Air. E sabe que voam direitinho? Bom... posto mais durante a semana.

Desculpem

Prezados leitores,

Me ausentarei por uns dias para digerir uma situação que está sendo ruim de assimilar. E como não quero cansá-los com posts sem graça, peço um tempo [curto :) ] Gracias para Dra. Sirley, Denise e otros amigos próximos por me escutarem. Prometo que volto com novas histórias divertidas assim que me recuperar.

O Editor.

Natal?

9:09 AM Posted by Lucas Welter 2 comments
Fui informado pela Dra. Sirley que a casa está devidamente paramentada para o Natal, com decoração especial para 2006 (leia-se: Natal Luz ficou no chinelo...), esperando a neta Luiza.

Como só passarei por lá quase no Natal e não quero ser esquecido, resolvi me adiantar na carta para esse ano...

Querido Papai Noel,

Não agüento mais brigar com essas pessoas que cismam em dizer que o senhor não existe! Todo ano você vem, me traz presentes e vem sempre um chato querendo me convencer de que você não é real... Será possível?

Olha, obrigado peos presentes do ano passado. Fizeram meu ano ser muito especial. Aliás, gordinho, esse ano passou muito rápido, heim? Parece que foi ontem que eu estava escrevendo para o senhor! Bom, aí vão meus pedidos para este ano:

Sabe aquelas sementinhas que eu plantei? Por favor, se elas já tiverem na hora de colher, o senhor poderia trazer para mim? Eu ia adorar! E eu queria pedir também pra trazer um pouco mais de paz para minha cidade. Já estou cansado de ter que conviver com tanta violência e insegurança por aí. Pra minha família e amigos, muita saúde, sucesso, felicidade... E pro Grêmio pelo menos um título, se não for pedir demais!

Como deu Lula aqui no Brasil, imagino que neste Natal o volume de pedidos deve ter aumentado muito, assim não vou me estender. Um beijo na Mamãe Noel. E cuida do regime, heim? Olha lá! Um beijo e até breve.

Ah, se o senhor quiser trazer um apartamento, carro, dinheiro, coisas assim, eu juro que não me importo.

Lucas

Mientras tanto...


Sumido... na verdade exilado... no Paraguay. Notícias frequentes a partir de segunda.

Landed

Landed significa trazer algo à terra. Eu entendo como aterrado, preso à terra. Eis como eu me sinto. Landed, em Buenos Aires.
- Mas tu não ias para o Paraguay?
- Bom, eu pretendo... mas o caminho mais curto é via Buenos Aires.


E quem disse que o caos se resumia ao domingo. Chegando no aeroporto às 6h da manhã, com check in feito, descubro que meu vôo estava só 3h atrasado e lá se ia novamente a conexão de Assunção para o espaço (para Assunção mesmo...). Que forma de começar a segunda... ou melhor, de terminar o domingo.

Direto ao guichê 32, onde já estavam alguns conhecidos... entre eles a galera de Miami. Incrível... eles tinha feito check in às 5 da matina e a TAM tinha confirmado que a aeronave estava no solo. Misteriosamente (!!) ela desapareceu às 5h45min... Depois descobrimos que estavam usando nossa aeronave para mandar a galera para Brasília.

Aí, com muito amor e carinho, armei um pequeno circo e fui acompanhado pelo povo de Miami. Colocaram a gente rapidinho na sala VIP e designaram a Raquel para nos atender. A Raquel não é muito iluminada, mas teve uma boa vontade fora do sério. Depois de explicar que a galera de Miami só ia à noite e que tinham novamente perdido a conexão, eu tive que explicar pra ela que eu só queria ir a Assunção e não tinha nada a ver com o povo de Miami. Ahhs depois, começamos a vasculhar todas as possibilidades.

Na verdade eu vasculhei... e como faço o tema, conheço os vôos... Pedi para ela me mandar para Buenos Aires e depois para Asunción, tudo com a TAM mesmo (antes de esgotar as possibilidades via Guarulhos). Ela voltou decepcionada, o Buenos-Asunción decolaria 10 min antes do POA-Buenos chegar. Volta al plano inicial: me mandar às 10h da noite... no way.

- Vê na Gol, eu disse.
- O vôo da Gol está lotado e nem aparece no sistema (malditos sistemas, que legal botar a culpa neles...), ela disse.
- Mas eu acabei de passar lá e tem lugar (blefe meu – mentem pra mim, eu minto pra eles...).
- Vamos lá então, disse ela.
- O quê, vocês vão endossar a passagem*?
- Sim, mas só hoje e não conta pra ninguém...


*A TAM nunca endossa o bilhete. A Raquel nem sabia o procedimento... e a Débora disse que só acontecia a cada morte de papa ( O Bento que se cuide...)

Atacamos o supervisor da Gol que topou o esquema. Sair de POA às 10h da manhã via GOL e conexão para Asunción às 15h, chegando no Paraguay às 5 da tarde ao invés da meia-noite, com a TAM mesmo. Mesmo tempo de vôo... e de espera.

- Feito, me manda nesse. Vem cá, e a minha bagagem?
- Hum, vamos ver onde está.

- Está em São Paulo, mas a gente manda pra lá
- Tem certeza. Mando sim, dá o endereço do hotel.


Ok, mas para garantir, avisei a galera do Brasil que vai nesse vôo para recolher minha bagagem na esteira, que afinal vai com eles. Mega operação de guerra com telefonemas, recados, emails e um recado pro Diogo no check in da Gol...

Resumo: passei 3 horas com a Raquel, as filas continuam quilométricas, os vôos aqui na Argentina para o Brasil estão super atrasados, ninguém sabe de nada, a TAM continua fazendo a falcatrua de mudar aviões e botar a culpa no escalonamento de vôos, foi o meu carimbo no aeroporto mais caro até agora (18 dólares por 45 minutos no saguão do aeroporto – a TAM não tinha feito meu check in e eu tive que pagar a taxa de embarque de novo da Argentina) e eu tô morrendo de sono. Espero dormir no meu pijama. Veremos a odisséia da mala...

Momento mágico da manhã: reconhecer o Milton Zuanazzi (presidente da ANAC) e pedir uma salva de palmas pela incompetência dele e a galera acompanhar = não tem preço... pena que a TV chegou depois. Mas o cara não tem noção... botar os pés no aeroporto em pleno caos... cadê o sentido de auto-preservação?


next time...

Terraportos

Festa do batizado do Artur em Caxias. Momento família (depois eu coloco as fotos). Volto correndo para Porto Alegre no final do dia, pego a mala pronta em casa e rumo para o aeroporto. Vôo simples, para GRU e depois Assunção. Nada demais. Chegando no aeroporto, os primeiros sintomas do caos: o check in 32 da TAM lotado (aquele das reclamações...), a fila além de quilométrica não estava andando, até na VARIG tinha fila... Mais sintomas: passageiros xingando o pessoal das companhias.

Momento do desespero em que sou levado a considerar que realmente ficarei no solo: passageira cumprimenta a mulher que estava na minha frente na fila: minina, tô aqui desde 1h da tarde (hora local, 19h...). já entrei, já saí, já trocaram meu vôo, parece que até o jogo do Inter foi suspenso. Sim, chove lá fora, sei disso, mas afinal o que é uma chuvinha? O check in anda, mais lamentos e na hora do meu, tudo muito rápido e eficiente e me garantem que a hora de atraso que eu teria, em nada prejudicaria a minha conexão.

Vou para a sala de embarque e me deparo com o caos: muita gente jogada pelos cantos. Bando de gente sem o kit aeroporto... Me sento na frente do portão de embarque e espero o mundo acontecer. Comecei a mexer numa apresentação para o treinamento, mas não agüentei: tinha um grupo muito divertido do meu lado convencido que não ia canto nenhum. Um dos guris conhecia a gerente de RP da Infraero que veio até o grupo e esclareceu que o problema foi o radar em Curitiba. Sei... suspeitei de novo dos descontroles dos controladores...

Cena seguinte, faço amizade com dois outros caras indo para o México. Enquanto isso, 20h, embarcam uma galera para Congonhas. Embarcam, porque decolar que é bom, nada. Fico lá falando com os caras México should I go or should I stay, durante um bom tempo até que nos comunicam, às 21h30min que o povo para as conexões do JJ3180 deveriam visitar a posição 32 do check in da TAM... Me ferrei, pensei. E a galera que tinham embarcado às 20h, ainda não tinha decolado...

Antes de realmente fazer o tour até a posição 32, resolvi falar com que parecia mais espertinho das 3 criaturas que a TAM tinha colocado lá para controlar o povo. Depois do ocorrido em San José com a COPA/TACA (posts abaixo), fui o mais amável possível para falar com o coitado do tal do Murilo e nisso se mete uma perua ensandecida na minha frente, conta todo o caos da vida dela e da viagem de carro em BH ou sei lá onde era e sai o Murilo com o cartão de embarque dela retirar a bagagem do avião... Vi que ela tinha o último livro do Semler na mão, perguntei se ela tava gostando, ficamos conversando sobre o quanto ele tinha amadurecido do livro anterior. No fundo a mulher era boa gente. Volta o Murilo, encaminha ela para o hotel, me agradece por ter desviado a ensandecida e resolve me ajudar: lá fora tu falas com o Marcelo.

Vou lá pra fora, entro na fila da TAM. Me dou conta que meus recém mais novos amigos (os da galera da Infraero) estavam no check in. E isso que eles tinha saído lá de dentro há duas horas... Logo a fila tava levando duas horas... Desisto... Vou lá para trás e busco pelo tal do Marcelo. Descubro que o Marcelo é o chefe da TAM no aeroporto. Deixo ele resolver todos os problemas da galera, mas expliquei o meu. Gente querendo cancelar a viagem (O Marcelo cancelou), um senhor que queria alimentação (o Marcelo mandou ele para a fila de duas horas (que fome...)), a família de João Pessoa (gente boa demais), que só queria a bagagem de volta (o Marcelo explicou que a rampa estava um caos –rampa é o serviço de colocar e retirar a bagagem do avião), casalzinho apaixonado em roupas de marca dizendo que nunca mais voariam TAM e que a lua de mel em Paris estava arrasada... (não, o problema não é a TAM idiota, é o voto mesmo...) – estes o Marcelo ignorou... eu só disse confio em ti: qual é a melhor maneira de tu me mandares para Assunção? (e ele fez: dia seguinte, bem cedo de manhã, depois que o caos passasse – ainda me disse que não ia me mandar para GRU para um hotel às 3h da manhã para me acordarem às 4h para ir para o aeroporto de novo...) E a bagagem? Olha, pega ela lá em Asunción amanhã de manhã... (será?) Ah, quer saber, eu não posso fazer nada mesmo, não vão me deixar ir lá embaixo fazer a triagem eu mesmo, eu vou para casa. Meus amigos México acabavam de chegar, mesma situação.

Fui para o térreo, peguei um táxi e vim para casa. No caminho pensei em quanta gente egoísta tem... Na hora do caos e do pânico cada um só pensa em si. Eu fui bonzinho; cada um que chegava para falar com o Marcelo eu achava que o problema era pior que o meu e deixava passar na frente. Então vinha o cara e pedia um sanduíche... Um senhor comentou... a culpa não é da TAM, é da gente que votou errado. Vírgula, disse eu, o senhor pode ter votado... não me inclua no seu grupo. Aí outra se doeu: a culpa é do Lula agora? Aí, pela primeira vez eu me exaltei um pouquinho: claaaaro, só entender que o superávit primário foi conseguido com falta de investimento em infra-estrutura que tudo se explica... acho que foi demais para a pobre que só queria passar as férias em Alagoas...

E como diz o ministro da defesa: não aconteceu nada... Será que ele defende alguma coisa? E começo aqui a campanha pelo fim da ANAC: depois que substituíram os militares do DAC pelos militantes do PT, só confusão. Deixa eu dormir... toca voltar pro terraporto daqui a pouco.

Dica do dia

Eu juro que tentei escrever aqui muitas vezes no dia de hoje. Mas cada vez que entrava, o Blogger me dizia que estava em manutenção. Aliás essa é a palavra da semana:manutenção. Levei um baile ao usar serviços de atendimento ao cliente da Apple, da Claro, da TAM... e concluí que atendente de serviço de atendimento ao consumidor é alguém que fez algo muito ruim na vida passada. Ninguém merece escutar o que aquele povo escuta.

Bom, na verdade entrei aqui por causa de uma conversa que tive hoje sobre os aeroportos. Ou melhor terraportos, porque pro ar ninguém vai... Depois que os controladores de vôos se descontrolaram, salve-se quem puder.

Mas aí mais uma Dica do Luke Skywalker: o Kit Aeroporto.
O kit aeroporto consiste de colchonete de acampamento, lexotan, sundown, iPod, barras de cereal para já ir entrando no clima e camisinha, afinal... a gente nunca sabe.

Se você tem algum vôo programado, não saia de casa sem o kit. O Editor aqui aceita sugestões de artigos indispensáveis para o kit.

Mission Accomplished

Passa um pouco das três da manhã e acabo de acabar o relatório da Costa Rica. Descrevi em 12 páginas o que seria a organização dos meus sonhos. Espero que seja a organização dos sonhos deles... e o relatório dos sonhos do meu chefe... e que agora eu não sonhe com nada disso.


Parte do processo. Cada post it aqui tem uma razão para estar onde estar e ter a cor que tem. Mind maps... que só eu entendo.

Ode à pitanga madura

Sintoma de que eu preciso de um tempo.


E algo me diz que eu preciso voltar a tirar fotos com câmeras profissionais... Essas máquinas pequenas são legais... mas o resultado é sofrível.

Frag.men.tan.do

Ok, por sugestão subliminar, decidi fragmentar o mega-post anterior em 3. E eu odeio me explicar, mas vá lá... Os dois leitores que passam por aqui merecem.

E pior que tenho relatórios para fazer e essa chuva batendo na minha janela é um convite irresistível à melancolia, um chá quente em uma xícara, filminho bobo e sofá com várias almofadas. (a ordem dos fatores não altera o produto, a indolência) E eu que pensei que era novembro.

Tradicionais do Lucas' Journal

Momento Barsa (se eu fosse editor... baseado em experiências pessoais...)
Entrevista coletiva é o nome bonito que eles dão pra auto-exposição vexatória. Você vai lá, conta sua vida com mentiras parciais tentando ser formal, mas não tanto ao ponto que eles achem você ultra-chato. Dizer que pratica esportes radicais é sempre uma boa saída! Eles fingem que acreditam em tudo que ouviram e você finge que acredita que eles estão mesmo selecionando por perfil ou prestando atenção em você.

Já dinâmica de grupo é o pseudônimo de ridículo público extremado. Às vezes a empresa está paradona, tudo muito tedioso e por isso resolvem chamar uns panacas para dançar, fazer mímicas, desenhos, construir empresas em cinco minutos e/ou tudo isso junto.

Um dia, eu ainda vou revolucionar essa área de RH.

Post Scriptum

Aos pouquinhos retomo algumas coisas que eu adoro: ontem passei pela Amazon e coloquei mais alguns livros na minha Wish List. Em dezembro, quando passar pelos USA pego eles. Deixa eu despachar eles para casa da Mel antes que o matreiro vento norte leve ela para outro lugar.

Dicas do Luke Skywalker (sessão recém inaugurada no blog)
Eu tenho um cartão de crédito no Banco Real, com um limite de 500 reais só para fazer coisas na Internet: Amazon, email, compras em geral. Em caso de fraude, não preciso brigar por grandes quantias enquanto o banco estorna. Adoro as facilidades da internet, mas as tem muita gente mal intencionada... Hoje descubro que o banco quadruplicou o limite por conta própria, acabando com meu seguro contra fraudes... E quando pedi para retornar ao limite antigo, acharam que eu vivia em Saturno... Saturno não, expliquei. No Brasil mesmo.

I’m listening to Nada Surf. Enjoying my high speed Internet, I made a favor to myself and downloaded their new (to me...) CD. It’s an excellent rainy-afternoon album, full of gentle and melancholic beauty. Just Lucas. Just perfect.

Da Costa Rica para o México

11:42 PM Posted by Lucas Welter 0 comments
Na sexta-feira, meu vôo deveria deixar San José às 16h10min para o Panamá e depois para o México (a menor distância entre dois pontos nem sempre é a menor distância entre dois pontos – não no mundo das aerolíneas...). Feliz no aeroporto com Internet grátis - aliás nunca tinha visto um país com tanta internet grátis – até no lava-jato da esquina tinha internet grátis sem fio...-, o aeroporto fecha por 20 minutos e adivinhem: meu vôo não faz a escala prevista em San José e toca direto para o Panamá. Por 20 minutinhos. Depois de 45 minutos esperando explicações, todo mundo que estaria no vôo é convidado a entrar novamente na Costa Rica. Recolher bagagens, passar pela imigração e ir para a fila do check-in ver o que o futuro reservava.

Nesse momento bateu o pânico. Depois da minha semaninha de reclamações, se ficasse mais um dia aqui nesse país eu entraria em depressão. Encontro uma funcionária (Ana) do AFS Costa Rica que ia pegar o mesmo vôo para o Panamá e depois iria para Los Angeles. Cada atendimento no check-in da Copa estava levando 12 minutos em média (garoto desocupado eu para ficar calculando isso, heim?). Aproveitei para abrir o laptop. Olhei para os lados e tinha um monte de brasileiro xingando a galera da Copa. Teriam (mos) que dormir em San José e eles não estavam pagando táxi nem hotel, afinal o problema tinha sido climático... Olho para o laptop e decido que não podia ficar nem mais uma hora por lá (como se a decisão fosse minha...). Verifiquei todos os outros vôos da Copa e de todas as outras companhias. Descobri que tinha um da TACA que sairia em 60min e iria direto para o México. Hora de pensar nos plano B de como eu convenceria o coitado do funcionário-xingado-por-brasileiros-arrogantes-falando-portunhol a me colocar num outro vôo (lembrei do episódio VARIG – durante o brabo da crise era só entrar num aeroporto dizendo que era passageiro VARIG para no começo te evitarem, e depois te baterem...). Comprar outra passagem estava fora de cogitação: eu sou empregado junior... nem cartão de crédito corporativo eu tenho... Converso com a Ana (AFS CRC) para organizar o plano C – reservar o hotel mais próximo do aeroporto antes que a brasileirada sem vôo lotasse ele. Ligamos para o AFS e voilá: hotel de preço módico a 5min do aeroporto reservado. E uma van viria me buscar em 60minutos. Avisar o AFS do México que um dia talvez eu chegasse.

Chegando minha vez, 45min para o vôo da TACA decolar, usei todo o meu bom humor para implorar que me colocassem no outro vôo, afinal, na CRC eu não podia ficar por motivos de saúde mental. E não é que a moça aceitou? Falou com a chefe, que falou com a supervisora, que falou com o despachante da Taca, que reservou meu lugar, que falou com a supervisora dele, que falou novamente com a supervisora da Copa, que falou com sei lá quem... e que voltou depois de 20 min com uma passagem emitida manualmente. E eu de check-in feito, chegaria no México, 20 minutos antes do que estivesse voando pela Copa. Tem horas que só o universo me salva.

Vôo exemplar, a TACA só tem Airbus novinhos em folha. E a Ana só consegui voar no dia seguinte. Acho que fui um dos únicos da Copa a sair de San José naquele dia... Mas antes tive que desreservar hotel, transporte e avisar o AFS do México, que naquele momento devia achar que o consultor expert brasileiro era fria, visto que não conseguia nem sair da Costa Rica...

Cheguei no México mais morto do que vivo. Entro num táxi e vou para o hotel. Caio na cama desejando meu ursinho de dormir e não acordar mais, mas antes lembro de programar o despertador para às 8:30 desconhecendo completamente o programa do dia seguinte. Em nenhum país do mundo AFS as coisas começam antes da 9h. E eu não tinha nem idéia de como seria o dia seguinte.

Para o México, vide posts abaixo.

Feriadão?

11:39 PM Posted by Lucas Welter 4 comments
Olha, tá cheio de gente que foi para praia durante o feriadão, eu devia ter estado no UFRGSMUN, mas não fiz fazendo nada disso. Trabalhei pelo menos 14 horas por dia para terminar o treinamento que teremos em Assunção daqui a 2 semanas e os projetos que eu tenho com o AFS Internacional. Consigo sonhar em espanhol mesmo no Brasil. Até minha mãe já falou comigo em espanhol num sonho.

Hoje passei o dia organizando a informação que coletei na Costa Rica. Ah, deixa eu contar o que fui fazer na Costa Rica. De acordo com o meu chefe, fomos fazer uma auditoria organizacional. Segundo minha própria percepção, eu fui ouvir as pessoas se queixarem e falarem com muita emoção sobre o AFS.

Durante 5 dias eu participei de reuniões, entrevistas, dinâmicas de grupo, grupos focais, entrevistas em grupo em várias cidades e com um número de pessoas que depois que passou de 42* eu parei de contar. Acordava às 6:30 da manhã para me reunir com meu chefe às 7h – reunião informal para combinar o dia -, tomava café às 8h já atrasado com o meu guia-chofer-conhece-todo-mundo do meu lado repassando as atividades do dia e só parava às 10:30 PM para me reunir outra vez com o meu chefe para fazer o debriefing do dia. Caía morto na cama à meia-noite. E tudo de novo no dia seguinte.

Tiveram alguns momentos marcantes. Quarta-feira, dia de tour pelo interior da Costa Rica, que descobri que dá para atravessar em 8 horas.

O dia começou com uma entrevista ao diretor de uma escola em Grécia (1h de San José). Vai entender porque uma cidade no interior da Costa Rica se chama Grécia. Muito bacana, disse que eu era a segunda pessoa do AFS que aparecia na escola nos últimos anos (!!) e que isso fazia com que o AFS fosse muito mais presente que os outros programas de intercâmbio. Ah, tá. Depois vou para um café com duas outras voluntárias, onde sigo o roteiro básico de perguntas e respostas sobre a organização, motivação, vida, família, me senti um pesquisador do IBOPE.

Depois do almoço, sento com outra voluntária e falamos do impacto do AFS na vida dela e da família, do sacrifício que fizeram para mandar o primeiro filho, de como não tiveram mais dinheiro para mandar os outros e como começaram a receber estudantes desde então, como é o trabalho no AFS, quanto a organização tortura os seus voluntários, mas quanto ela acrescenta na vida das pessoas. Sorte que eu tinha um pacote de lenços, pois a mulher desatou a chorar e eu sou péssimo para acolher nessas horas... Vou precisar de muita formação se continuar trabalhando com isso. Já fui até ver vestibular de psicologia... E depois tem gente que não entende porque eu faço terapia... Até ganhei o título de ouvidor oficial, já que todo mundo aproveitava para falar tudo que parecia errado no AFS (e no mundo).

Outras entrevistas mais, final da tarde me encontro na cozinha da presidente do comitê de Alajuela, subúrbio de San José. Eu e mais 5 mulheres cozinhando (elas, né...) e eu fazendo minha inquisição básica. Novamente, queixas, reclamações e quanto, a pesar de tudo, o AFS tinha mudado a vida de todo mundo. E o mais interessante foi eu me dar conta que eu estava na cozinha de pessoas completamente desconhecidas falando sobre como a vida de cada um de nós tinha sido impactada pela organização. Naquele momento percebi de que boa oportunidade para desmantelar os clichês que povoam minha visão sobre como vivem as pessoas mundo afora. Mesmo com todos os problemas que conhecemos, são pessoas como as outras, como nós mesmos, e estão ai errando e acertando, batendo cabeça pra viver como dá (ô minimização…). E a janta tava maravilhosa para quem tinha passado o dia em cafés tomando capuccinos (eu não tomo café...) – nem preciso dizer que fiquei acordado até tarde...

Aí que agora eu me sinto mal de ter que reduzir essa série de sentimentos e experiências complexas em meia dúzia de palavras, rótulos ou percepções. Não depois de tanto tempo de convivência. Convém dizer que percepções são produzidas a partir de experiências pessoais. São minhas, são percepções e elas podem ser bem equivocadas. Eu, pessoa. Matemática, escola. Entende? Esses sentimentos são coisas que não se quantificam, não se medem. Acho que isso explica o esgotamento emocional e a minha dificuldade em condensar esses 5 dias em 10 páginas (incluído o resumo executivo...).

*42 é a resposta para o Universo e tudo mais...

HTML

Senti que tinha que reescrever este post...

Há alguns poucos anos atrás, se me dissessem que HTML é algo como sigla do Hospital de Traumatismo do Mega Linfócito, eu acreditaria sem titubear. Sou um completo analfabeto nessa linguagem, admito. Mas a curiosidade matou o gato e quem tem google vai à Roma! Por isso, a duras penas, consegui dar uma cara mais personalizada a essa pocilga aqui. Digo, bem personalizada, uma vez que a minha fuça está estampada ai em cima. O problema é que depois esqueço tudo... eu adoro sinais ortográficos - mas esses que usam em HTML não dá para aguentar. Fala sério... quem inventou isso tava muito preocupado com reserva de mercado.

Olha, acho deviam ensinar HTML para as crianças no Jardim, quando ensinam a desenhar e combinar cores... Aposto que será bem útil nesse mundo digital (ou inventarem algo mais click and type...). Ok, o .Mac (site mágico da Apple) até faz isso, mas os templates são sofríveis e eu gosto de deixar um pouco mais a minha cara, que pelo menos é copyright pra mim mesmo (depois de copiar livros, artigos e meio mundo de forma descarada, virei adepto do PDF e do copyright...)

Estou trocando o layout do blog. Esse novo era para ser temporário. O definitivo viria em, bom... Acabei gostando dele. Mais funcionalidade. Agora clicando no envelopinho aí embaixo vocês podem mandar meus post adiante... mas ainda estou tentando alinhar algumas coisas... e o tamanho das fotos vai aumentar um pouco também... vai quase ficar um flog. E pelo menos esse não acaba com o layout quando eu abro no windows... fica igualzinho. O outro tinha sido desenhado para mac... era mais clean no mac... quando eu via os outros acessando no windows me doia... mas agora, como dizem por aqui na macland, o design é universal.

Frase do dia:
Nada mais definitivo que uma solução temporária. Experiência pessoal.

Só pode ser o universo...

Assíduos leitores.
Como sou ateu (agnóstico, vá lá...), costumo culpar o universo (ou sei lá no que tu acreditas) pelas coisas que acontecem. Agora, tenho certeza que só pode ter sido o universo. O post do México sobre como o mundo é pequeno continua aqui.

Hoje vou para a festa de despedida de uma ex-professora minha que vai passar um ano em Paris (coitada...) e adivinha quem encontro por lá? A Rita, a irmã da Carmen (vejam e posts abaixo). De cara contei toda a história e a Rita também ficou como vocês ( e eu...): de boca aberta. E olha que as coincidências não acabam por aqui. A Catalina casou com um austríaco e vive no México. A Carmen casou com um austríaco (outro, espero) e mora na Áustria. Será que eleas sabem disso?

Bom, agora sei que até as duas se encontrarem (virtualmente) é uma questão de horas.
Vou começar a publicar as fotos desse reencontro.


Lucas + Catalina na festa dos 30 anos do AFS México


Lucas + Rita, agorinha à noite em Porto Alegre

Espero que quando as duas se encontrem me mandem uma foto para continuar com a história. Este feriadão prometo que escrevo sobre as coisas que estão passando pela minha cabeça. E também estou pensando num layout novo para o blog... cansei deste, que no windows fica uma m. (embora no mac até pareça clean...)

Não, não cabe na foto.











Não, o Zócalo não cabe na foto. Não comigo... As you can notice, the boy is bored.

Jet lagged...

Feeling totally jet lagged, quite normal after another trip. Hope to be OK pretty soon.
Tomorrow, more pictures will be available. Meanwhile, a ego-shot.

Antropologia

Depois de visitar o Museu de Antropolgia do México (onde eu poderia passar uma semana facilmente) concluí que:

1) Se o desenvolvimento de um povo fosse medido pelo nível de desenvolvimento dos seus habitantes em 1500, baseados no desenvolvimento dos índios dessas terras de cá...não me admira que mal tenhamos descido das árvores...
2) As sociedades totalitárias em que vivemos não é culpa dos colonizadores europeus. Está no nosso DNA. E haja sangue.
3) Sociedades complexas pelas misturas culturais como as nossas não podem ter ou aceitar respostas simples. Se tu quiseres uma sociedade simples, a escandinávia é um bom exemplo (ok, este post eu vou ficar devendo, mas foi produto de uma conversa em Puerto Madero, alguns dias atrás) - Meio pedante esse blog...
That's all.

Como podem ver, estou muito reflexivo sobre a humanidade. Hoje tive uma segunda-feira difícil, com muito trabalho. Mas já acertei que dia 12 de dezembro desembarco por aqui novamente. E com mais tempo para dar umas voltinhas.

Ah, estou adorando a Cidade do México. Moraria aqui facilmente.

O mundo é um lugar pequeno.

Acho que foi em 1999. Aluno do quarto semestre na Arquitetura, um belo dia estava desenhando na aula de Tópicos especiais em alguma coisa... (acho que era urbanismo), bem largadão numa mesa e quando uma professora passa por mim e pergunta se AFS é American Field Service? Depois de responder que sim, perguntei por quê? Estava usando uma meia do AFS e como estava totalmente jogado numa mesa de desenho a meia aparecia.

Conversamos sobre como ela conhecia o AFS e me contou que a irmã dela tinha estado no México em 1979 (ou 1980?) com o AFS. Família de Santa Maria, que a experiência tinha sido muito bacana (contou histórias divertidíssimas da família mexicana...) e que agora, a irmã (Carmen) estava morando na Alemanha. Fiquei muito amigo da Rita, a professora da aula/disciplina onde tudo começou. De certa forma o AFS aproxima as pessoas. Não vejo mais ela porque não vou muito para ARQ e porque ela se aposentou (hehehe).

Voltemos a 2006. Estou aqui sentado num hotel, na CN do AFS do México. Senta uma senhora do meu lado e começamos a conversar... E com isso de "da onde tu és" e para onde vai ela comenta que a família dela tinha hospedado um participante do BRA. Como o BRA não tem intercâmbio com o MEX, perguntei o ano. Quando ela me disse que tinha sido no final dos 70, na hora eu disse, Carmem Pillar? Eis que estou aqui sentado ao lado da irmã hospedeira da Carmen, numa experiência que aconteceu há quase 30 anos. A Catalina (irmã mexicana) me explicou que perderam o contato faz uns 10 anos quando eles se mudaram do DF (Como dizem para a Cidade do México - Distrito Federal - dãããn) mas que ela tinha falado ontem mesmo sobre a Carmen com os pais dela (ainda vivos), porque foi a melhor experiência que eles tinham tido (hospedaram 5...).

E ainda mais: a Catalina acaba de voltar para o AFS. Faz só 6 meses que assumiu um comitê e acaba de enviar a filha para Inglaterra. Ou seja, se tivesse sido no ano passado, isso nunca teria acontecido. Minha missão agora é buscar o email da Carmem e colocar as pessoas em contato. Às vezes o universo ou sei lá no que você acredita conspira de verdade... Mas que o AFS faz o mundo ficar muito menor, faz mesmo...

Agora vamos sair para um passeio com todo o grupo para as Ruínas do Castelo de Chapultepec. E depois tem o a Festa de Gala dos 30 anos do AFS MEX. Haverá tequila?

Saludos,
Speedy González

PS. Minhas experiências com tequila são sempre muito intensas. Acho melhor ficar só na água...

As fotos que eu tinha prometido...


Lucas na Exposição de fotos do AFS... O Mundo pelo Olhar dos Jovens... Aquela do muro rosinha ali no canto é minha!


A Casa das 7 Mulheres vai ao Cristo. Sim, eram sete.


Lucas e Sirley no Cristo, com cara, jeito e pose de gringos...


A Lu estava de aniversário... E comemoramos no Manuel e Juaquim, onde mais?


A Lu queria churros de presente de aniversário.


Nosso refúgio durante a Convenção Nacional do AFS


Taí uma festa em que eu já cheguei completamente bêbado. O Domingo foi pura ressaca. Dus pessoas adoráveis: Fabricia e Emmeline.

PS. Cheguei na Cidade do México. Fiz isso das fotos durante o vôo. Deixa eu desmaiar na cama... Pelo menos aqui vai ser tudo mais light...

nem eu acredito...

Sete, simplesmente sete grupos focais com 30 voluntários diferentes em sei lá quantos lugares. Nem eu sabia que era capaz disso, de escutar tanto sem falar nada nem rebater atrocidades... E sabem o mais incrível? Tem gente muito legal trabalhando para o AFS.

olha...

Eu bem que estou tentando postar as fotos do Rio... mas meu computador não tá querendo ler o USB da câmara digital...e isso tá me deixando meio brabo... e ainda por cima o mac tá fazendo uns barulhos muito estranhos quando eu conecto a câmera... Meu chefe debocha dizendo que já é hora de eu trocar... Acho que no fundo ele é o pé frio: quando deu o problema na República Dominicana ele estava por perto.

Então, só me resta escrever...

Após 7 longas horas espremido num 737 da Copa Airlines, aterrizamos no Panamá. Desembarcamos na pista e de cara o calor da América Central me lavou de suor. Nós levam em uns ônibus da Marcopolo para o terminal que na verdade é um grande free-shop, ou um grande Paraguay... Aí me dei conta que o grande negócio do Aeroporto do Panamá é o shopping, ou free-shop. Tudo em conexões médias de 45min... Depois mais 1h de vôo até San José e outra surpresa: o aeroporto de San José continua em obras (estive aqui em 2003 e estava quase pronto). Aí me contaram que está em obras desde 1998... e olha que é um aeroporto do tamanho do de POA... Mas sobre a Copa, uma grata surpresa. Tirando o check in em Guarulhos que demorou 1h30min, maravilha de serviço de bordo, filmes e pontualidade.

Vou pra cama... amanhã tenho excursão pelo país...

News da Costa Rica

1:46 PM Posted by Lucas Welter 2 comments
Logo vou escrever um livro sobre minhas experiências em Repúblicas Bananeiras (como meu chefe define toda a América Central...). De verdade, as experiências tem sido fascinantes, apesar de todo o trabalho. Hoje comecei às 7 da manhã e acabo de chegar no hotel, só 15 horas de trabalho.

Programa para amanhã:
Lucas sale de gira desde la mañana para visitar: Turrialba, Tucurrique y Cartago. Encuentros personales con voluntarios, visita a dos colegios y grupo focal en Cartago al final del día (casa de Victoria Soto).

Como podem ver, amanhã será outro dia de 15 horas de trabalho como hoje...

Férias?

Era para ser uma semana de férias... Bom, está sendo... entre emails do meu chefe e projetos mil, confesso que sempre se arruma tempo... para trabalhar...

Ontem passamos um dia super agradável, mesmo com um tempo terrível. Almoçamos às 4h da tarde em Santa Teresa onde Sirley (mamãe), Bita e amigos tomaram um porre lindo. Às 21h, já completamente recuperados, sentamos no Manuel e Juaquim de casa para continuar os trabalhos. Sim, estamos num apto de frente para o mar em Copacabana, com um Manuel e Juaquim no térreo... Isso é que são férias...

Vou postar fotos...
Abraços,

PS. Depois do debate, voto no Alckmin com conviccção. Não aguento a arrogância da Lula...

Próximo trabalho


Na verdade próximo filho. Asunción, Paraguay, em novembro.

México: here I go!

Olha, tô podre demais para escrever, mas o único comentário sobre o processo de visto para o México eu fiz na fila do consulado: tem um monte de gente pedindo visto de negócios aqui, logo tem um monte de consultor. Acho que devíamos fazer uma revisão de processos e dar de presente para o consulado, não? [4 horas de puro tédio, se não fossem as pessoas divertidas e os comentários anti-lula]

Dica do dia: trilha sonora do filme Café da Manhã em Plutão. Filme doidinho, mas trilha bárbara.

ID

Eis ontem quase 2h da manhã me dei conta que não tenho identidades. CAlma lá... falo dessas coisas de papel que servem para comprovar que a gente é a gente mesmo... Sou meio desligado, distraído e acho que não dou o devido valor para esses papéis.

E como meu passaporte vai passar duas semanas perdido em um consulado esperando um visto, achei melhor fazer uma nova identidade, já que a última eu tinha perdido na Rep. Dominicana. Após pesquisa na Internet, saio de casa rumo ao Instituto de Identificação. Acreditam que querem tua certidão de nascimento original para fazer a segunda via (no meu caso eu perdi a conta de que via é...)? Sorte que eu tenho uma por aqui, quem costumava guardar isso é a Dra Sirley lá em Antônio Prado... PAssei no banrisul para pagar a taxa e apenas 1h de fila... Como é que pode: o cidadão paga R$33,98 por um documento arcaico, pinta todas as mãos com uma tinta que só sai com aquele sabão de mecânico que deve ter soda cáustica, tem que levar fotinhos sérias, de frente e fundo branco a ainda tem que esperar 5 dias úteis para ter o documento (que me parece que fazem na hora...).

Voltei para casa pensando em como otimizar esse processo. Se os dados estão num computador, me pareceria mais lógico comprar uns equipamentos para fazer tudo automatizo, fots e digitais. A polícia sairia ganhando, e nós, nem comentemos. E ainda mais com essa taxa de 33,98... me poupem. Li que teremos um processo novo, digitalizado a partir de novembro... Demorou, heim?

PS. Ontem passei uma tarde super agradável num café em Puerto Madero, Buenos Aires com dois super amigos.

perde/perde

Na outra semana organizamos um seminário de liderança, na verdade de governança e uma das sessões era sobre negociação. Muito na moda (e com todo o mérito) falar de ganha-ganha, em que todos os lados da negociação ganham.

Voltando para casa, tentando provar que a menor distância entre dois pontos nem sempre é uma linha reta, desolado no caos que estava instalado no Santos Dumont num domingo final de feriado, comecei a refletir sobre o novo limite da aviação: a perfeição do perde-perde. Alguns setores tem clientes insatisfeitos, mas acionistas de empresas contentes. Ainda outras têm donos insatisfeitos por causa da guerra dos preços, mas clientes satisfeitos com os preços baixos. A aviação não. Atingiu o ápice: as empresas estão quebradas, os pilotos e a tipulação desmotivados, os aeroportos congestionados, os procedimentos de segurança absurdos, os vôos cada vez menos confiáveis, os fabricantes de aviões em apuros, os passageiros mais espremidos e o valor da passagem aumentando sempre. Atingiu-se o que era considerado impossível em administração de empresas: um sistema onde 100% dos participantes perdem e são infelizes. Um marco inédito.

Certa vez li uma entrevista do Warren Buffett, o segundo homem mais rico do planeta, cara que onde investe ganha muito dinheiro. Nos anos 70 ele previu que o mercado de avição ia aumentar muito, que as pessoas iam voar mais e que era um bom negócio investir nisso. E ele acertou: o mercado cresceu, as pessoas viajam mais, mas as companhias aéreas ainda não descobriram como ganhar dinheiro com isso.

Quem está tendo que aguentar a arrogância da TAM, a falta de rotas da Varig e se sujeitar a pagar 3500 dólares por uma passagem que vale 1200 (Brasil - Europa) sabe do que estou falando. E o presidente fala em solução de mercado. Claro, ele não usa o mercado e pior, desconhece o mercado.


Nos consolemos com a foto.

By the way: Buenos Aires Porto Alegre em 15 horas (de avião...): Buenos - Galeão - Santos Dumont - Congonhas - Garulhos - Porto Alegre. De bus eram só 17 horas.

Updating

Eu prometi atualizar o blog. Na verdade eu prometi atualizar minha vida. Após alguns meses com o pé completamente na estrada, entre uma e outra viagem, aproveito que vou fincar raízes por pelo menos 3 semanas para colocar as coisas mais ou menos em dia. Como por exemplo, acertar minha biblioteca musical, baixar algumas coisas novas, gravar alguns CDs para os amigos com os novos achados. Fotos, outro capítulo que estou devendo. Ontem, por acaso encontrei dois rolos de filme e me dei conta que são da Índia... Chandigarh em preto e branco... Roupas... preciso lavar algumas, costurar outras... amigos, ah que saudades de alguns... leituras... mesmo lendo muito durante as viagens, tem coisas que eu só faço em casa (ler 5ou 6 livros ao mesmo tempo)... sem contar nos infindáveis emails que eu recebo e que eu quero responder... até da minha terapeuta eu tenho saudades...Mas confesso que estou bem aéreo... saí do lotação sem pagar, entre outras... Assim, a partir de amanhã, updates diários sobe os últimos acontecimentos.

On the road again

O título é esse mesmo. Estou na estrada novamente (ou no aeroporto...).

Aproveitando, ou muita coisa mudou por aqui e eu não fui avisado ou meu computador adquiriu vida e está dentro de um sistema wireless grátis: o que me surprende é que nunca tinha visto um aeroporto com conexào grátis no saguão... Assim, me sentindo culpado por deixá-los sem notícia nenhuma, estou conectado novamente enquanto espero outro vôo.

Depois que saí da Rep. Dominicana, passei por NYC, para uma reunião e uns dias com uns amigos muito queridos. Meu dia de reuniões foi bem previsível: perguntas obvias, falta de objetividade nos desafios, falta de estratégias, mas assim mesmo eu gostei e me diverti. Ainda tenho muito que fazer. Recebi algumas propostas interessantes, mas gostei mesmo de saber que em janeiro passarei outra temporada de 2 semanas no Caribe. Acreditem, mas já estou com saudades, especialmente da família.

NYC continua muito legal. Viajar é que está ficando sem graça. Toda hora os americanos e suas agencias de securança inventam obsessões novas. Antes eram os sapatos, depois foram armas químicas no corpo (tem uns scanners gigantes e muito legais nos aeroportos americanos) e agora a última são os líquidos... Come on: pasta de dente, sabão e um MP3 player con Reggeaton dão uma mistura explosiva... Se não explodir foi porque o Reggeaton não era bom... Sobre reggeaton, ver um dos posts abaixo (momento Barsa...)

Agora o mais legal de NYC foi ir a lugares legais com amigos muito especias. E casualmente, eu estou com um montão deles por lá. Foto abaixo do Matt e da Pati, que passaram todo um dia comigo.



Tinha coisas que de fato eu tinha saudades: todos os ambientes legais, os parques, as praças, até mesmo o metrô. E by the way, tenho que confessar que nunca aceitei que push é empurrar... ainda mais depois que inventarm portas que abrem para os dois lados... Sei lá... meu cerébro não me ajuda.

Hoje estou partindo para Buenos Aires, onde fico até domingo da semana que vem num treinamento do AFS. Mais um... estou transportando apenas 46Kg de bagagem, afinal prefiro levar o treinamento completo de casa do que perder tempo buscando uma papelaria. Prometo que escrevo mais durante a semana.

Não tem preço?



Passagem de bus para Cabarete Beach, 8 dólares;
Hotel com piscina nos 27 graus naturalmente aquecida, 20 dólares;
Refeição em restaurantes cool com música lounge, 8 dólares;
Cerveja Presidente na praia, 1,20 dólares;
Aulas de windsurf, 50 dólares;

4 dias de praia depois de trabalhar 10 horas por dia durante 6 semanas, não tem preço.


Los hermanos


After-lunch-nap

Saí de férias

Volto na terça. Finalmente vou para a a praia...

Acabou a lua de mel

A lua de mel acaba quando as pequenas coisas que antes não incomodavam começam a incomodar. Culturalmente falando, o período que começa agora é justo o final da lua de mel. Estou chegando em casa cada dia mais irritado com algumas coisas que tenho que vivenciar. O que no começo eram só diferenças culturais, agora irritam um pouco... por mais treinado que eu seja... Casos comuns:

Disciplina
A falta de disciplina das pessoas é algo me incomoda muito. Falta disciplina para tudo, desde formar uma simples fila, no trânsito, participando de uma reunião até mesmo no trabalho. Falta muita disciplina no trabalho. E a maioria das pessoas com as quais eu convivo não leva sua agenda a sério. Sabiam que as reuniões e encontros precisam ser confirmadas e reconfirmadas e reconfirmadas e reconfirmadas e mesmo 1h depois da hora marcada para qualquer coisa começar a gente precisa ligar para as pessoas para saber onde estão?

Clima
Caribe, olha daquilo que a gente imagina, não tem nada por aqui. Hoje foi feriado e eu crente que ia tirar fotos na Zona Colonial... Começou a chover e não parou até agora, 11 da noite. Estava vendo um filme com os guris na TV e estávamos comentando de ir para zona colonial quando olho pra fora e reclamo “que mierda de Caribe...”e os dois caem na gargalhada. De verdade, o clima não tem colaborado.

Sistema bancário
Taí algo que os brasileiros precisam se orgulhar. Aqui é muito primitivo se comparamos a tudo que se pode fazer eletronicamente no Brasil. Inclusive, o uso de cheques é uma instituição... quase não existem transferências... é cheque para todos os lados... e o mais interessante: se pode ter contas em dólares, e enviar cheques em dólares. E olha que eles pagam tarifas altas como nós brasileiros para manter suas contas abertas.

Atrasos
Os atrasos são uma instituição nacional, independente da hierarquia o da importância do negocio. Totalmente cultural e não tem o que fazer com isso. Ontem mesmo tive um treinamento de Policy Governance com o Conselho Diretor do AFS local. Marcado para às 17h. Começou às 18h20min... terminou às 0h30min e eu tive que respirar fundo umas infinitas vezes... a falta de disciplina durante uma reunião é algo... e a mesma coisa no escritório... eu evito reuniões com mais de 2 pessoas... porque certamente vai ser algo sem fim...dada a falta de disciplina. E olha que nós brasileiros nem somos tão disciplinados, apesar do Ordem e Progresso.

Deixa eu parar por aqui antes que o Bennett passe por aqui e me declare em defesa total contra outras culturas. Amanhã é meu último dia de trabalho aqui... mas volto em janeiro para outra temporada, mas só de 2 semanas... hehehe.

Sábado morto

Sunday, August 13, 2006 2:10 PM Posted by Lucas Welter 1 comments
A foto aí abaixo eu tirei para comemorar o nascimento de um filho. Explico: não fazia parte das minhas tarefas... mas se mostrou urgente reestruturar totalmente o orçamento do AFS aqui. Passei duas semanas em que o Excel foi o meu melhor amigo e após muito trabalho terminei com uma super planilha com milhares de vinculações em que tu mexes um numerozinho e até os gráficos são alterados... Fiquei orgulhoso do feito. E me permitiu elaborar cenários muito interessantes de possibilidades orçamentárias.


Ontem eu trabalhei 15 horas. Estivemos organizando um workshop para voluntários, ficou muito bacana. E foi uma experiência muito gratificante ver todo o escritório na sexta-feira trabalhando nisso. Verdadeiro trabalho em equipe, com responsabilidades delegadas. Agora vamos falar sério: é muito complicado e difícil gerenciar equipes. Tem que ter muito tato, prestar muita atenção nas necessidades individuais, ser tolerante e ter paciência com que não é tolerante com outras idéias...

O resultado no final, foi, digamos, bem Lucas... 4 seminários simultaneos acontecendo na ilha em duas semanas, um grupo super motivado e muito post it...

Mas no final do dia ainda consegui ligar para a mãe para dar os parabéns pelo dia do advogado. Parabéns aos amigos advogados pelo dia! E as advogados wanna be também!

Porém, hoje, sábado, passei o dia na cama, morto de cansado. For that quote: That which does not kill you only makes you stronger, I have to say that person never worked here...Agora acabo de chegar em casa, saí com os guris um pouco para trocar de ares... mas sem beber... Minha resistência está abalada... mas foi por uma boa causa: amanhã quero passar a tarde na zona colonial tirando umas fotos. Acabo de me dar conta que só tenho mais uma semana aqui.

Receita do dia: fórmula para acabar com cucarachas: Bolinhos de Ácido Bórico da Tia Eli.
Misturar 1/2 libra de ácido bórico com uma lata de leite condensado, fazer pequenas bolinhas e espalhar pela casa. Advertir o Máximo que não é para ele comer e esperar a reação das cucarachas: hum, en esta casa dan picadera*!
*o equivalente a salgadinhos...

Mais imagens, menos texto.


Máximo, in a very self-expression moment...


Pedro Carlos e Maria, fim de semana retrasado; Dia dos pais.


trânsito em dia de furacão...pensando melhor, trânsito todos os dias...


Lucas in action.


Meu admirável staff novo...


Cheesecake para comemorar 100% de colocações na deadline.

De volta

Estimados leitores,
Após uma trégua, aqui estou eu novamente. Em notas curtas e rápidas, mas com conteúdo.

Email
Hoje meu email (lucas@welter.com) achou que tudo que vinha de @afs.org era SPAM e bloqueou a entrada na caixa postal. Por mais que às vezes eu concorde (tem mensagens do AFS que são piores do que spam), eu agora trabalho nisso sério e preciso dos emails. Lotus Notes, o programa coorporativo que usamos, muito eficientemente fica me avisando de 5 em 5 minutos que não consegui entregar o email em lucas@welter.com... Dessa forma, vejam o estado da minha caixa postal... Sem condições de trabalhar sério, fiz um workshop com o pessoal do escritório... muito post it e papel colorido. Amanhã publico a foto.


Cinema
Aproveito que moro do lado de um multiplex para ir muito ao cinema. Aqui o filme começa necessariamente na hora marcada. Os trailers e comerciais é que começam antes. Tipo, sessão às 8h30min, se tu não queres perder os trailers, chegar às 8h10min... e não é só isso... já sabia que esse povo das Antilhas A-M-A cinema, mas aqui ta demais... mesmo morando do lado, tem que ir uma hora antes, porque as filas e salas lotadas são incríveis... e isso que custa 12 reais.... para quem tava acostumado às CCMQ e carteiras de estudantes... Mas a maioria dos filmes tá bem atrasado com relação ao Brasil. E sabiam que a última sessão é às 8h30min durante a semana e às 10h nos finais de semana? Sociedade muito conservadora, a gente tem que estar em casa cedo...

Sábado doente
Passei o sábado em casa doente, acho que só cansaço... Ok, na sexta bebi das 18h às 3h da manhã (só Presidentes, garanto...) com o pessoal do escritório e depois chegaram meus irmão e amigos e inclusive Don Pedro Almonte (meu pai hospedeiro – me sinto estranho assim...), mas a Presidente nunca ia me trair ou decepcionar... Estivemos num café muito cool na zona colonial... muito legal, companhia agradável, musica longe... ambiente bem Lucas. Voltando ao sábado, dia em casa, entre a cama e o sofá e a sopa da avó... Pelo menos temos HBO... só não me senti pior por causa do Chris.

Chris
Este foi o furacão que se converteu em tormenta tropical e passou por aqui entre sexta e sábado deixando o tempo no-jen-to. Momento Barsa: furacões tem nomes alternados de homem e mulher, e todo ano começa uma lista nova. A para o primeiro, B para o segundo, assim que Chris foi o terceiro. A temporada oficial de furacões vai de maio a setembro, mas às vezes tem alguns fora do lugar. Assim que este ano estamos num ano calmo. Ontem chegou um email de uma família finlandesa perguntando se o filho deles que vamos hospedar aqui na RDom ficaria numa cidade na rota de furacões: pacientemente respondemos que todo o Caribe fica na rota dos furacões, mas que como todo caribenho a preferência deles é pelos USA mesmo... assim sempre acabam por esbarrar na costa americana, preferencialmente na Flórida. Inclusive quando são devastadores os nomes deixam de ser populares...

Domingo familiar
Domingo fui com os guris e com o pai para a piscina antes do almoço em família. Com a mãe na Europa, fica até engraçado ver nós 4 juntos... especialmente pelo meu contraste gringo. De verdade vou sentir saudades deles. O Máximo é meu parceiro de corridas e bicicleta pela manhã e o Pedro Carlos meu parceiro de cinema. Ambos são parceiros de festas... E rimos muito juntos... Sou o preferido da avó e o Pedro Carlos adora tirar sarro disso dizendo que quando ela quer algo que peça ao preferido... Fomos ao cinema no domingo para ver The devil wears Prada... e quando chegamos o Pedro Carlos ficou fazendo uma associação da minha vida com o filme... Eu não uso Prada (uso outras marcas – hehehe). De verdade, o guri com 21 anos falou algumas verdades muito interessantes, ou seja, compreendeu muito de mim em apenas 4 semanas. Terapia até às 2h da manhã.. Pior, fiquei mal toda segunda-feira. Novamente, são gente boa demais e tem dado um super apoio psicológico que essa experiência exige.

A porta do banheiro
A porta do banheiro agora fecha. Veio alguém e arrumou. Jamais imaginei que ia aproveitar tanto minha intimidade. Sim, isso é tema para um ensaio exclusivo, mas muitas vezes a gente só dá valor ao que perde... mas confesso que já estava me acostumando a sempre ter alguém a mais no banheiro.

Diretor Novo
Semana passado começou o diretor novo do AFS DOM... o que me eximiu de muitas responsabilidades... mas não do trabalho. Por isso também parei de escrever. E também porque meu chefe veio me visitar e passou dois dias grudado no meu escritório...Acho que saiu contente com o que viu... Quer que eu vá para Costa Rica com ele em setembro. Vou dominar o Caribe...

O MAC
O Mac continua doente... mais do que um computador, o mac tem sido um amigo. E como um amigo, cruzou a Golden Gate de bicicleta, fez backpacking na Índia, quase tomou banho na Fontana di Trevi, ou seja, viajou comigo nos últimos dois anos... Talvez por isso mesmo tenha pedido um tempo. Problemas com a placa lógica, o que equivale a comprar um novo... mas dessa vez vou pagar a garantia extendida de 3 anos.

Máximo
O Máximo é pior do que o Monet (meu gato). Nunca dorme mais de 3 dias no mesmo lugar. Hoje mesmo procurei ele para correr de manhã e não achei. Me ligou às 11 dizendo que tinha dormido no sofá da sala de jogos do prédio... Sério... para saber onde dormiu, basta procurar o ninho pela casa... ou pelo prédio.