Os 9 melhores de 2006.

Como eu disse, nada de listas pessoais ou de exposição gratuita (já basta o Journal)... mas cinema eu relevo. Na minha opinião, os filmes mais legais de 2006, sem dar uma de critico de cinema. Aliás, tem pessoal mais de mal com a vida que crítico de cinema?

9. Piratas do Caribe 2.
O Cofre da Morte.Tem quem não goste de Jack Sparrow. Eu achei meio comprido, mas é entretenimento garantido. E cada vez gosto mais da Kate Winslet. Não vejo a hora de ver o terceiro.

8. O Diabo veste Prada. A atuação perfeita de Meryl Streep e o carisma de Anne Hathaway são os grandes atrativos do filme, uma comédia leve, despretensiosa e divertida sobre o mundo da moda. E depois que eu li o livro, acho o filme melhor ainda. A adaptação é perfeita.

7. Café da Manhã em Plutão. O diretor Neil Jordan acertou na mosca ao escolher Cillian Murphy para interpretar o travesti que busca pela mãe desaparecida. O ator, um dos melhores da atualidade, carrega o filme nas costas. Eu já tinha comentado aqui que tinha adorado a trilha sonora. Decidi incluir na lista de histórias divertidas e bem contadas.

6. Volver. Almodóvar traz de volta a excelente atriz Carmen Maura e a comédia para os seus filmes. E viva Penélope Cruz. Precisa falar mais?

5. Match Point.
Woody Allen abandona a comédia só para mostrar que também consegue fazer excelentes filmes dramáticos. Este ainda tem Scarlett Johansson no elenco. Filmão para aproveitar cada segundo de fita e se surpreender no final (ou não).

4. Babel. Eu sei, ainda nem estreou por aqui... eu aproveito momentos sozinho no exterior para ir ao cinema e pensar que posso pensar em português. Se gostaram de Crash, esse é tão bom quanto e mostra quanto o mundo vai demorar para se entender. E desde Y tu mamá también, adoro o diretor mexicano Iñarritu.

3. O Plano Perfeito.
Spike Lee mostra porque é um dos melhores diretores de todos os tempos. Nesse thriller de ação, o roteiro impecável e as atuações excepcionais de Denzel Washington e Jodie Foster são a grande calda de chocolate quente no profiteroles (gostou?). “Plano Perfeito” seria o filme mais legal do ano, não fosse por esses aqui embaixo.

2. Os Infiltrados.
Deu para piscar o olho no cinema? Não deu. Os bad boys do Scorsese voltaram para a felicidade geral da nação viciada nos filmes do cineasta. Destaque para o roteiro com milhões de reviravolta, a ótima atuação de Leonardo Di Caprio e o personagem esquentadinho e boca-suja de Mark Walhberg.

1. Pequena Miss Sunshine. O road movie é uma mistura perfeita de drama e comédia. É filme para rir e chorar. Os atores são fantásticos, a história é criativa, comovente e aproveita para dar um cutucão na sociedade norte-americana que supervaloriza o “bonito” e discrimina o “perdedor (loser)”. “Pequena Miss Sunshine” é filme para todos. Nota 10 com aplausos de pé.

PS. Ia fazer também a lista dos piores filmes de 2006, mas teria que ser um top 50 e daria muito trabalho. O primeiro lugar, no entanto, já adianto: “O Código Da Vinci”.

Por que 9? Sei lá, não achei um décimo.

Flying home

Hoje volto para casa. Eis que o México está se tornando a terra das coincidências. Dessa vez o universo foi mais longe. Escrevo do avião.

PS. Descobri onde eu quero morar na Cidade do México. Publicarei as fotos. E assisti Babel. Quem gostou de Crash não pode deixar de ver este. Quando estreiar... hehehe

Saludos desde México!

Por mais que voltar a uma cidade não seja como a primeira vez, gosto da sensação(falsa) de que domino a cidade pelo fato de já ter estado lá. Isso se complica um pouco aqui na Cidade do México, já que é a segunda maior cidade do mundo e as chances de eu passar por um mesmo lugar duas vezes é remotíssima.

Mas vá lá... chego bem no dia do feriado da padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe. Perigrinações digninas de N. Sra. Aparecida. Ontem, terça, vim destinado a cumprir a missão de visitar Teotihuacán, cidade com 1800 anos, anterior aos Aztecas, aqui perto da cidade do México. Tours guiados em ônibus especias por 30 dólares ou metrô-bus normal de linha e vendedores ambulantes por 6 dólares ida e volta. Hum... posso aguentar os vendedores. Mas o fedor de suor dentro do bus quase me matou.

Perguntei no hotel, quanto tempo seria necessário para visitar a cidade toda, não acreditando no fiel escudeiro (Lonely Planet). A resposta veio: olha, visitando tudo, mas rapidinho, 5 horas. Sem o deslocamento até lá. Não acreditei. Só me dei conta da dimensão da coisa quando coloquei os pés em Teotihuacán. O lugar é muito maior que Antônio Prado, as pirâmides tem uma base de 200m, dá pra imaginar isso? Clima colaborando (18 graus) e tudo vazio por causa do feriado.

No lugar não tem guias, mas tem umas placas que informam bem onde estamos, o que visitar e tudo. E ainda tem um trem que desloca as pessoas para Porta 1, Porta 3, Porta perdi a conta. Confesso que sempre fui fascinado pelas civilizações pré-colombianas, mas não imaginei a grandiosidade disso aqui tudo. Haja gente para erguer tudo isso. Vou publicando as fotos e contando.


Descobri porque o caminho entre a área amarela (Templo da Serpente Emplumada) e a area roxa se chama Caminho dos Mortos: é exatamente assim que a gente fica se cruzar ele todo (5Km) e ainda escalar as pirâmides.


Foto do Templo da Serpente Emplumada (construído entre os anos 200 e 300 da nossa era). Vi uma reprodução no Museu de Antropologia e tinha ficado impresionado com a riqueza de detalhes. Aqui não aparece muito, porque depois de uns anos os Teotihucas construiram outro templo por cima deste, acabando com as serpentes. Escavações recentes tem descoberto uma quantidade inacreditável de crânios. Qualquer sequinha e lá ian eles sacrificar uns quantos. Num paralelo com a atualidade, eu era a favor de sacrificar o Lula, o Zuanazzi e o Waldir Pires para os deuses acabarem logo com o apagão aéreo.


Esse é o Templo do Sol, a maior pirâmide de todo o México. A base tem 250m. Não sei quantos degraus até lá encima, mas eu subi (O próprio Indiana Jones). E eis que me deparo com umas criaturas meditando e cantando lá encima. Ema, ema, ema...


Essa é a vista de Teotihuacán do Templo da Serpente. A gente não faz nem idéia de quão longe é caminhando, nem da quantidade de pó que tem no caminho. A pirâmide maior é a do Sol (que agora tem uma teoria que é da água) e a outra é a da Lua (confirmada). Minha sorte é que fazia agradabilíssimos 18 graus. E a quantidade de ambulantes é assombrosa... mas não enchem muito o saco. O urbanismo impressiona. Tão avançados quanto os romanos... cidade organizada para 85 mil pessoas, com água canalizada. Mas o que eles gostavam mesmo eram os sacrifícios.


Olhando a Pirâmide do Sol do alto da Pirâmide da Lua. Subi também... mais íngreme, mas subível. Tem uns platôs geniais no caminho, devia ser mais pública e acessível que a do Sol. E pelos esqueletos, os sacrifícios eram mais sangrentos.


Vista frontal da Pirâmide da Lua. Meio ego-shot... aliás tenho uma quantidade de ego-shots...simplesmente saiam perfeitas as fotos.

Bom, gastei 4 horas de caminhada (uns 10Km no total) e depois eu e outros gringos muito divertidos pegamos um bus com ar condicionado para voltar para a Cidade do México. Rumo ao terminal norte. Chegando lá, recepção com Mariachis... Sim, estou no México. Bom, hora de trabalhar. Meu chefe chegando. Sábado outro dia livre. Vou na casa da Frida.

Saudades


Organizando Lucas_Brain* achei essa foto. Saudades desse povo. Tive mais umas idéias e tô precisando da opinião de vocês.

*Lucas_Brain é o meu home folder no meu computador.

Na Costa Rica.

10:59 AM Posted by Lucas Welter 1 comments
Como a situação complicada mencionada abaixo não se resolve, eu resolvi acabar com ela. O editor está de volta!

Como havia contado, acabei ganhando uns dias livres entre um projeto e outro. Meu chefe resolveu se demitir e calculou mal minhas aventuras centroamericanas... assim surgiu um espaço de 4 dias completos entre uma reunião e a seguinte:

Lucas, faz o que tu quiseres. Guatemala é uma boa opção. Eu te apoio. Lá na Guatemala é bem legal. Não tem problema, pode emitir a passagem. Já pensaste em passar na Guatemala? Só me avisas o que tu decidires. Guatemala, tu já conheces?


Vá lá... desconsiderei as mensagens "subliminares" e dividi as férias entre a Costa Rica e o México. Sei lá o que tem na Guatemala... mas vai ficar para mais adiante, já que o último relatório de risco do AFS desaconselha passar por lá. Guatemala, Guatapeor... Me sinto gringo pensando assim...

Hoje marquei com uma funcionária do AFS daqui muito gente boa para ela me levar visitar vulcões. A Costa Rica é cheia deles e tem um super ativo, mas combinamos que o Arenales (esse bem nervosinho) vai ficar para a próxima (sim, vai ter próxima visita), para poder ver à noite durante uma erupção.

O tempo não parecia colaborar e lá fomos nós. Chegando lá encima (50km de San José) perguntamos na entrada do parque como estava o tempo:

Olha, disse o guarda, pior do que aqui. Tá fechado e chovendo. Mas Feliz Natal para vocês!

Juro que não entendi essa parte do feliz natal, mas vá lá. Chegando lá encima, cheiro de enxofre, chuva e neblina. Compramos umas capas de chuva (mais caras que a entrada do parque) e a Nenis (AFS staff) me diz: é sempre assim aqui encima. Logo, já sei o que fazer se desistir do AFS: vender guarda-chuvas e capas no Vulcão Poas. O mercado está aquecido (literalmente). A partir de então, a visita ao Poas virou uma análise de mercado. Testamos capas de chuva, guarda-chuvas, sombrinhas e todo tipo de materias contra a água que vinha de todos os lados.

Eis que chegamos na cratera e adivinhem: não dava para ver 1 metro adiante. A Nenis sentencia: calma, conheço meu país. Tudo muda em 5 mim. Meterologistas são conhecidos como mentirologistas. Em 5 min teremos sol.


Pessoas contemplando a cratera do vulcão, ou o nada.

Esperamos 5 minutos e nada e então resolvi prosseguir no meu estudo de mercado. As capas de chuva devem ter um peso nas bordas, assim não levantam com o vento, guarda-chuvas mais resistentes porque eles viram com o vento forte... e bingo! O sol não veio, mas a névoa se foi por 30 segundos e fotografei a cratera.



Convencidos que a situação não ia melhorar e que bom, eu já tinha contemplado a cratera 5 vezes (em intervalos de 20 a 40 segundos), acho que podíamos considerar os pecados da semana devidamente quitados e ir embora. Antes, outra foto para a posteridade dos Programas de Indio, Classe Platinum.



Descontamos a frustração vulcânica num restaurante típico com um super almoço. Mas me diverti: cheirei enxofre durante 2 horas, senti a terra tremer e vinha um vento quente do solo muito legal. Mal posso esperar pela próxima vez.

Mas a parte mais legal foi a aula de Costa Rica que tive com a Nenis, a qual publicarei quando publicar meu guia de viagens descolado (hehehe). Definitivamente, é o país centroamericano mais organizado, mas lembra muito os outros vizinhos.

Saludos,
Lucas

PS. Vocês acreditam que meu ex-chefe acaba de atingir 4 milhões de milhas na American Airlines? E que esteve na Costa Rica 22 vezes? E que nunca visitou nenhum vulcão e nenhuma praia? E isso em 10 anos... Me deu pena.

A resposta!

3:36 AM Posted by Lucas Welter 2 comments
Ainda na turnê centroamericana (na verdade só começando)... mas pelo menos com uns dias livres entre um projeto e outro. Hoje é dia de visitar vulcões ativos na Costa Rica. Sem dúvida, um programa quente. À noite publico fotos.

Mas entrei aqui para comentar sobre um post do mês passado ainda enquanto eu estava no México e que depois de visitar o Museu de Antropologia tinha concluído que nós como civilização americana não podemos ter respostas simples, dada toda a nossa confusa formação. Fiquei pensando muito sobre a nossa formação, colonização, ocupação do território, me senti quase um antropólogo (e eis que agora estou sistêmico e não mais analista... para desespero do meu ex-chefe pós MBA...).

Eis que olhando um jornal aqui na Costa Rica, encontrei a chave para todo o problema. A Dona Rosaura (RP do AFS Costa Rica) fez a gentil gentileza de scanear as imagens e o Raul (cara das comunicações do AFS daqui) tratou elas para mim, tudo sob o pretexto que eram para uma apresentação no AFS. Eis os interesses da minha existência superando os do AFS. Mas como posso trabalhar sem resolver questões básicas? E nada como ser convidado internacional.

Abaixo, coleção de respostas que explican porque somos tão complicados (Such a complex world needs a good explanation).











Fiquem bem,
Lucas

Airport again

Cá estou eu em São Paulo. On the road again. E como foi difícil chegar até aqui... fui acomodado na Ocean Air. E sabe que voam direitinho? Bom... posto mais durante a semana.